Morungaba lidera o ranking dos municípios da RMC que preveem queda de receita
O impacto negativo no orçamento dos municípios é em decorrência da pandemia de coronavírus
Foto: Divulgação/PMM
Da Redação
Cinco municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC) estimam queda de receita em 2021. Com redução de 12,5%, Morungaba lidera o ranking. O orçamento previsto para o ano que vem é de R$ 51.800.000,00; em 2020, a receita estimada foi de R$ 59.200.000,00.
Em Jaguariúna, a previsão é de uma receita 6,2% menor em 2021. Holambra estima redução de 4,2% para o ano que vem. Completam o ranking Indaiatuba, com queda de 6,2%; e Pedreira, com uma redução de 2,4%.
O impacto negativo no orçamento dos municípios é em decorrência da pandemia de coronavírus. Segundo o economista Paulo Teixeira, o déficit de arrecadação nos municípios por conta da pandemia foi menor do que se imaginava nas grandes e médias cidades, mas no próximo ano esse impacto deverá ser sentido com mais profundidade. “Os candidatos precisam ser responsáveis com as promessas de campanha, como, por exemplo, a de instituir algum tipo de auxílio emergencial à população, porque certamente haverá pressão para isso após o fim do auxílio concedido pelo governo federal”, disse.
Crescimento nominal
Os 20 municípios da região preveem um orçamento de R$ 16,3 bilhões em 2021, crescimento nominal de 3,3% em relação à previsão de 2020. Para o presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Jonas Donizette (PSB), os municípios com mais de 500 mil habitantes, que têm condições orçamentárias próprias melhores, devem se recuperar, mas não de forma muito significativa. “Um crescimento regional de 3,3% nos orçamentos é razoável, podendo surpreender e chegar a 5%. Por isso, a luta pelo ISS, nesse momento de dificuldade financeira, se torna mais importante, porque foi um dos impostos menos abalados pela pandemia. As cidades acima de 500 mil acredito que deverão ter recuperação financeira melhor do que os menores”, afirmou.
O presidente da FNP ressaltou que o momento atual é de grande dificuldade em cadeias produtivas. Vários prefeitos, segundo ele, têm falado que, independentemente da atividade econômica, faltam insumos. “Não é só questão de preço. Tem faltado insumos como embalagens de papelão, plástico. Não tem onde comprar nem no Brasil e nem no mundo e isso pode ser um desafio principalmente para a indústria”, explicou.