Megaoperação atinge cinco cidades da região
Denominada de Raio X - a operação cumpriu mandados e fez buscas em Paulínia, Jundiaí, Bragança Paulista e Atibaia - cidades da área de abrangência do Deinter 2
Foto: Wagner Souza / AAN
Uma megaoperação desencadeada nesta terça-feira (30) pelo Ministério Público e a Polícia Civil para desmantelar grupo criminoso especializado em desviar dinheiro destinado à saúde - que mobilizou mais de 800 policiais e 30 promotores - cumpriu mandados de busca e apreensão em cinco cidades da Região de Campinas.
Denominada de Raio X - a operação cumpriu mandados e fez buscas em Paulínia, Jundiaí, Bragança Paulista e Atibaia – cidades da área de abrangência do Departamento de Polícia Judiciária São Paulo Interior 2 (Deinter 2). Em Campinas, um advogado foi preso. Em Jundiaí foi apreendida uma aeronave. O MP informou que, no total, foram expedidos 64 mandados de prisão temporária e 237 mandados de busca, sendo 180 no Estado de São Paulo e 57 em outras unidades da Federação, além do sequestro de bens e valores.
O advogado preso em Campinas foi levado para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), no Jardim Amazonas. Além dele, que teve prisão temporária decretada pela Justiça, os policiais ainda cumprem outros dois mandados de busca e apreensão na cidade.
A ação visa desmantelar um grupo criminoso especializado em desviar dinheiro público destinado à saúde mediante celebração de contratos de gestão em diversos municípios por meio de organizações sociais.
De acordo com o MP, a investigação, que conta com inquéritos policiais e civis instaurados, teve a duração de aproximadamente dois anos, período em que foram levantadas informações que indicam a existência de um sofisticado esquema de corrupção envolvendo agentes públicos, empresários e profissionais liberais, bem como de desvio de milhões de reais que deveriam ser aplicados na saúde. Ainda não há informações sobre qual o envolvimento do advogado.
Conforme a investigação, o desvio de verba pública era realizado por meio da celebração de contratos de gestão entre organizações sociais e o Poder Público, em sua maioria, através de procedimentos licitatórios fraudulentos e contratos superfaturados.
Foram identificadas dezenas de envolvidos com o grupo criminoso divididos em diversos núcleos, cada um com sua colaboração na prática das infrações penais.
Segundo o apurado, houve a aquisição de grande quantidade de bens móveis e imóveis, sendo que parte da evolução patrimonial do grupo se deu justamente no período da pandemia.
Para o cumprimento dos mandados foram empregados 816 policiais civis, 204 viaturas e dois helicópteros, além de 30 promotores de Justiça e 10 agentes de Promotoria.
Fonte - Agência Anhanguera