Mega-assalto fecha rodovia e Aeroporto Internacional de Viracopos
O bloqueio durou uma hora e meia; por volta das 12h, as pistas foram liberadas
Por Agência Anhanguera
Um mega-assalto realizado no meio da manhã de ontem, dia 17, provocou pânico no aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas e resultou no fechamento das duas pistas da Rodovia Santos Dumont, que liga Campinas a Indaiatuba.
De acordo com informações da assessoria de imprensa do aeroporto, o assalto começou às 9h50, quando um grupo de aproximadamente 15 homens entrou no terminal de cargas em dois carros azuis, imitando viaturas da aeronáutica e invadiram uma empresa de transporte de valores. Houve troca de tiros e informações preliminares indicam que dois seguranças da empresa acabaram feridos.
Na fuga, os criminosos interditaram a Rodovia Santos Dumont (SP-075), nos dois sentidos, com três caminhões incendiados. O bloqueio durou uma hora e meia; por volta das 12h, as pistas foram liberadas.
SUSPEITOS MORTOS
A PM encontrou três suspeitos de participar do crime perto do aeroporto. Dois foram mortos pela polícia e outro entrou numa casa e fez reféns. Após duas horas de negociação, ele foi morto por um atirador de elite. A PM estima que vinte criminosos participaram da ação; três morreram e o restante segue foragido.
Uma metralhadora ponto 50, uma arma de guerra capaz de atingir aviões, foi apreendida. A PM informou também que os dois malotes roubados de Viracopos foram recuperados num caminhão de lixo (a quantia não foi informada). Segundo o capitão do Baep, no carro-forte alvo dos criminosos havia 22 malotes. O aeroporto ficou fechado para pousos e decolagens das 10h às 10h20. As lojas também foram fechadas.
SEQUESTRO
Na fuga, um dos suspeitos fez uma mãe e um bebê de dez meses reféns, em uma casa no Bairro Vida Nova, em Campinas, e foi morto por um atirador da Polícia Militar (PM). O sequestrador foi identificado como sendo Luciano Santos Barros.
O bebê saiu da casa ileso. A mulher foi socorrida com um ferimento na nádega esquerda e levada ao Hospital PUC-Campinas, onde passou por cirurgia. O criminoso morreu no local. Segundo o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), as negociações começaram por volta de 12h e terminaram às 14h06.
O comandante do Gate, Luiz Augusto, disse que o sequestrador se aproximou da porta da casa com uma arma na cabeça da refém, que estava com a filha no colo. "Ele aumentou a agressividade de forma desconhecida, então o ‘sniper’ que estava posicionado do outro lado da rua efetuou um disparo." Em seguida, uma equipe do Gate entrou na casa e também atirou no sequestrador.
A advogada Alessandra Giradi, que disse representar o suspeito, informou que saiu de São Paulo e foi até o local do sequestro para que o cliente se entregasse. Ela confirmou que o homem participou do roubo no aeroporto.