Meeting Internacional Rumo a Tóquio alcança objetivo
Competição disputada neste domingo, no Centro Nacional Loterias Caixa de Desenvolvimento do Atletismo, em Bragança Paulista, serviu para os atletas somarem pontos no Ranking da World Athletics para os Jogos Olímpicos
Foto: Wagner Carmo/CBAt
O I Meeting Internacional Rumo a Tóquio de Atletismo, realizado neste domingo (20/6) pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), serviu aos seus propósitos. Os atletas competiram no Estádio do Centro Nacional Loterias Caixa de Desenvolvimento do Atletismo, em Bragança Paulista (SP), e somaram pontos no Ranking da World Athletics rumo aos Jogos Olímpicos de Tóquio, que tem a sua cerimônia de abertura marcada para o dia 23 de julho.
O II Meeting Internacional Rumo a Tóquio será na quarta-feira (23/6), também no CNDA de Bragança Paulista, mais uma oportunidade para os atletas brasileiros fazerem índices ou somarem pontos no Ranking.
Mesmo quem já está qualificado comemorou a participação no torneio, que reuniu atletas da Argentina, Peru e Uruguai. O catarinense Darlan Romani, por exemplo, qualificado para Tóquio, venceu o arremesso do peso, com 20,86 m, o seu melhor resultado na temporada, depois de disputar o Troféu Brasil Loterias Caixa em São Paulo, no Centro Olímpico, no início de junho, e ficar seis meses sem competir.
“É hora de colocar a cabeça na competição. Fui melhor agora do que no Troféu Brasil. O objetivo é melhorar competição por competição. Treinar é uma coisa e competir é outra. Na quarta-feira (23/6), vou competir de novo”, disse, referindo-se ao Meeting Internacional, também marcado para Bragança. “Estou treinando tudo, não dá para concentrar nos detalhes. O importante é chegar bem à Olimpíada”, completou o multicampeão, quarto colocado no Mundial de Doha e ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, entre muitas outras conquistas em 2019.
O brasileiro Willian Denilson Venâncio Dourado terminou em segundo lugar, com 19,95 m, seguido de William Braido, também do Brasil, com 19,36 m.
Nos 110 m com barreiras, o mineiro Rafael Henrique Campos Pereira, que está muito perto do índice olímpico, venceu com 13.42, com vento no limite de 2.0, o máximo permitido pela World Athletics. “Acho muito difícil sair da Olimpíada porque estou bem no Ranking por Pontos. Espero correr abaixo dos 13.30, que é o índice, mas claro que espero a convocação oficial”, disse o atleta. “Estou errando na terceira e na quarta barreiras. Preciso melhorar para quarta-feira porque o objetivo é fazer o índice.”
Eduardo de Deus, já qualificado para os Jogos de Tóquio, terminou em segundo lugar, com 13.51, seguido do também brasileiro Matheus Nunes Rocha, com 13.95.
Na velocidade, Rodrigo Nascimento venceu os 100 m e os 200 m. Integrante da equipe campeã mundial no revezamento 4x100 m, em Yokohama, no Japão, em 2019, ele venceu com 10.26 (2.2) e 20.75 (1.2), respectivamente. “Hoje estou dentro pela cota nos 100 m, mas espero ir bem no revezamento”, comentou Rodrigo, pai de Teo, que nasceu há sete dias.
No lançamento do martelo, a recordista brasileira Mariana Grasielly Marcelino foi a vencedora com 66,63 m, seguida de Anna Paula Magalhães Pereira, com 60,13 m, e de Ana Lays Bayer, com 55,15 m. “Estou me sentindo bem e confiante. Tenho de acertar detalhes. Vou acertar para a próxima competição”, comentou Mariana.
Nos 400 m, Tiffani Marinho manteve sua hegemonia na prova, completando a distância em 52.55. Campeã brasileira e sul-americana, a atleta carioca segue firme na classificação olímpica por pontos. “A Tiffani quer o índice, está em boa forma e só precisa acertar a prova”, comentou Evandro Lazari, seu treinador. “Ela, por enquanto, está qualificada pela cota e vai para o revezamento 4x400 m misto na Olimpíada”, disse. Ela compete ainda na quarta-feira e no domingo no Campeonato Estadual, em São Paulo, no domingo (27/6).
Tabata Vitorino de Carvalho ficou em segundo lugar, com 52.75, seguida de Giovana Rosália dos Santos, com 53.82.
Outros bons resultados da competição foram alcançados por Chayenne Pereira da Silva, nos 400 m com barreiras, com 56.18, e por Wellinton Fernandes da Cruz Filho, no lançamento do disco, com 62,58 m - ambos sonham com competir a primeira Olimpíada da carreira.
Chayenne fez a sua melhor marca pessoal e está na briga por vaga olímpica por pontos. "Estou me sentindo bem e agora estou ainda mais otimista", disse. Wellington fez a segunda melhor marca do Brasil de todos os tempos (depois de Ronald Julião, com 65,55 m, de 2013). "A prova foi bem proveitosa e estou confiante para o próximo GP e o provável é que eu consiga entrar pela cota do Ranking Mundial", disse Wellington.
Eliane Martins fez um bom salto de 6,80 m e venceu o salto em distância, mas o vento acima do permitido de 2.2 m/s não permitiu a validação da marca. "Essa marca é a minha melhor pessoal e, apesar do vento alto, isso me ajuda bastante na classificação por pontos. Estou correndo atrás do índice, que é 6,83 m - preciso apenas de um ajuste no salto -, e a CBAt está de parabéns por dar essa oportunidade de competirmos", disse Eliane.
A competição não teve presença de público. Todos os integrantes das equipes tiveram a temperatura corporal aferida na portaria do CNDA. Foi obrigatório o uso correto da máscara e o distanciamento social em todas as dependências do estádio.