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Por Thatylla

Maturidade emocional dos pais ajuda a lidar com crises relacionadas ao comportamento infantil

De acordo com o psicólogo dr. Ademir Tuffani, em situações de birras e crises em público, os pais devem agir com paciência e maturidade

Por Thatylla

Da Redação

        Imagine a seguinte situação: no meio dos corredores de um supermercado uma criança começa a chorar e gritar por querer determinado produto. Os pais tentam acalmá-la, mas sem sucesso nenhum. As pessoas ao redor lançam olhares de julgamento, e, pressionados para colocar um fim na situação, os pais acabam gritando com a criança, reagindo com agressividade ou simplesmente cedem ao desejo do filho.

       Mas como lidar com situações como essa? Como saber qual a coisa certa a se fazer e ter maturidade emocional para dizer “não” à criança e lidar com crises relacionadas ao comportamento infantil?

      De acordo com o psicólogo dr. Ademir Tuffani, as birras fazem parte do desenvolvimento infantil, até os cinco anos a criança está aprendendo as regras sociais. “Por não saberem ainda lidar com essas regras e emoções fortes, elas não têm maturidade para lidar com estes sentimentos novos, tornando-se extremamente doloridos, com as frustrações tendem a liberar seus impulsos”, explica.

 Ceder ou não?

       Segundo dr. Ademir, a birra também pode ser uma maneira que as crianças encontram de testar os limites dos pais, “muitos pais sedem por não saberem lidar com a birra; ceder é uma forma de reforçar a atitude da criança e, mais tarde, pode se tornar adulto com desvios de caráter para conseguir seus objetivos.”

       Ainda, o choro e a birra podem ser uma maneira da criança demonstrar que está sentindo algo fora do normal, onde os pais devem ficar atentos.

       Para o psicólogo, os pais devem agir com maturidade em casos como esses (birras e choros), manter a paciência e controle, pois agir com agressividade vai somente alimentar o descontrole tanto da criança quanto do adulto.

       “Se cederem as birras e chantagens fazendo chantagem também, negociando uma coisa pela outra, estarão contribuindo para que a criança venha a ter sérios problemas, tais como: não lidar com fracassos; desistir dos projetos; cometer delitos para alcançar seus objetivos; não aceitar ordens; e ser imaturo como adulto”, afirma o psicólogo.

 Idade e maturidade

        Por muitas vezes, a maturidade é associada à idade cronológica, ou seja, quanto mais velha a pessoa, mais experiência e maturidade ela possui. Mas, de acordo com dr. Ademir, “não há uma regra para isto, existem pessoas que atingem a maturidade depois de uma certa idade e outras ainda na juventude, lidando com a vida com menos dramas, sabendo que cada pessoa é responsável pelas suas ações.”

        Como é o caso da jovem Josy Soares, que, aos 17 anos, descobriu que iria ser mãe da pequena Heloísa, de um ano. Hoje, com 19 anos, Josy nota mudanças claras em sua maturidade e, apesar de tão jovem, ela afirma que suas prioridades mudaram totalmente. “No momento que descobri que estava grávida chorei muito, foi uma mistura de medo e insegurança. Porém hoje vejo que foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido, a Helô trouxe cores para minha vida e um sentido”, revela.

        Ainda, segundo o psicólogo, a pessoa que se torna pai ou mãe muito jovem acaba acumulando muitas experiências e responsabilidades, o que a torna madura, apesar de pouca idade.

        Para ter maturidade emocional, não é preciso, necessariamente, ser uma pessoa mais vivida, com mais tempo em idade cronológica.

 Choros e público

         Para lidar com as birras e choros em público, dr. Ademir indica que os pais tentem conter a criança, a abraçando e acalmando, dizendo que está tudo bem. “A birra é um pedido de limites, por isto é importante conter. Não fique desesperado se estiver em público, leve a criança para um lugar seguro e a contenha, não mostre o quanto te afetou, procure ser forte; crianças precisam de pais coerentes”.

         “Quando ela chora em público, procuro levá-la para um lugar tranquilo sem movimento, muita aglomeração, geralmente, assusta ela. Então a coloco no meu colo e fico balançando, enquanto converso com ela”, explica Josy, como faz para acalmar a pequena Heloísa.

Ajuda profissional

          Para o especialista, os pais devem procurar ajuda de um psicoterapeuta quando, em momentos difíceis ou frente a alguns problemas, as emoções entram em conflito para resolver ou lidar com situações que envolvam birras e descontrole.

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