Mata Ciliar recebe gambá vítima de uma queimada em Jundiaí
Foto: Divulgação
As primeiras vítimas das queimadas começaram a chegar no Cras e, nesse ano, muito mais cedo. Marcado pela falta de chuvas e a baixa umidade relativa do ar, estamos entrando em um período de seca, fazendo com que aumente os riscos de incêndios e queimadas em áreas de mata ou rurais. Ou seja, um momento de atenção e cuidado de toda nossa sociedade, principalmente em relação aos animais silvestres que, muitas vezes, acabam não tendo para onde correr e se tornam vítimas dessas condições climáticas. Como foi o caso deste gambá, que chegou no último final de semana, encontrado extremamente debilitado no meio de uma mata queimada do bairro Nova Jundiainópolis, em Jundiaí.
O animal teve todo seu corpo queimado e, infelizmente, não resistiu aos ferimentos. “Ele apresentava queimaduras de segundo e terceiro grau, com lesões na pele e nos músculos, além disso, também havia uma grande inalação de fuligem nas cavidades orais e nasais, com pneumonia hemorrágica que, por sua vez, resultaram em líquidos na traqueia. Suas quatro patas já estavam em estado de carbonização, começando a aparecer tecido ósseo. Então, provavelmente, ele começou a sufocar antes de conseguir escapar, ficando debilitado”, explica André Moura, médico veterinário do setor de patologia da Mata Ciliar.
Em situações como essa, a prevenção se torna uma grande ferramenta para a proteção da fauna silvestre, fomentando ações em áreas que tenham histórico da ocorrência de incêndios e queimadas. E, em caso de se deparar com tais ocorrências em andamento, o munícipe deve contatar os órgãos responsáveis pelo combate ao fogo.
O município de Jundiaí possui parceria com a Mata Ciliar, que contribui para o recebimento e reabilitação de animais silvestres.