Mais de 200 pessoas morrem por covid-19 durante 32ª semana epidemiológica
Para o infectologista do Hospital PUC-Campinas, André Giglio Bueno, é imprescindível que a população entenda que a pandemia ainda não está perto de acabar
Foto: Lucas Selvati
Da Redação
Segundo análise do Observatório PUC-Campinas, foram registrados 7,1 mil casos de coronavírus na Região Metropolitana de Campinas (RMC) durante a 32ª semana epidemiológica (de 2 a 8 de agosto) – 4,4% a menos que na semana anterior. Os óbitos, no entanto, aumentaram 19,4% com os 203 registrados no período.
Para o infectologista do Hospital PUC-Campinas, André Giglio Bueno, é imprescindível que a população entenda que a pandemia ainda não está perto de acabar e que a responsabilidade dos indivíduos cresce na medida em que passa a ser uma opção de cada um frequentar ou não determinados locais.
Retomada econômica
Coordenador das análises referentes à covid-19 pelo Observatório PUC-Campinas, o economista Paulo Oliveira lembra que a progressão para a fase amarela, que permite o funcionamento com restrições de bares, restaurantes, salões de beleza, academias, entre outros, flexibiliza as atividades econômicas, mas não é suficiente para minimizar os efeitos negativos que a pandemia já causou. “A sustentabilidade dos avanços na flexibilização vai depender da eficácia dos protocolos na contenção da crise sanitária, porém a recuperação econômica, infelizmente, vai depender de outros fatores além da reabertura”.
Ainda, segundo o economista, “de forma pragmática, a retomada econômica depende significativamente da recuperação de consumo das famílias, sobretudo em um contexto de políticas econômicas avessas à ampliação do gasto público. Os dados do mercado de trabalho mostram que as reduções de salários, além do desalento e do empobrecimento da população, atingiram níveis bem altos, podendo inibir a retomada do consumo nos próximos meses”.