Mais de 2 mil voluntários participam da primeira etapa do novo ciclo do Projeto S
No próximo final de semana, sábado (31/7) e domingo (1/8), uma nova coleta será feita com os candidatos interessados que não participaram
Foto: Govesp
No primeiro final de semana da nova etapa do Projeto S, ensaio clínico realizado pelo Butantan na cidade de Serrana para entender a efetividade da vacinação no controle da pandemia de Covid-19 e na transmissão do SARS-CoV-2, mais de 2 mil voluntários participaram da pesquisa. Atendem aos critérios para ingressar no novo ciclo do estudo os habitantes de Serrana maiores de 18 anos que foram imunizados como parte do Projeto S.
A coleta de sangue, realizada nos dias 24 e 25/7, faz parte de um acompanhamento de um ano que avaliará a imunidade de longo prazo dos moradores vacinados com as duas doses da CoronaVac, vacina do Butantan contra a Covid-19 desenvolvida em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac.
No próximo final de semana, sábado (31/7) e domingo (1/8), uma nova coleta será feita com os candidatos interessados que não conseguiram participar no primeiro final de semana. O voluntário deve se dirigir a uma das escolas que foi ponto de vacinação durante a etapa de imunização do Projeto S (veja a lista ao final da matéria).
“Tudo aquilo que nós imaginávamos no início do projeto, que a CoronaVac é uma vacina muito boa e que salvaria vidas, aconteceu. Hoje são incontestáveis os números que Serrana demonstra em relação ao resto do país“, afirma o assessor da diretoria do Instituto Butantan, Ricardo Haddad.
De acordo com Haddad, a avaliação sorológica do novo ciclo é um estudo de alta complexidade em sua execução laboratorial. “São inúmeros exames que darão explicações sobre anticorpos e resposta celular”, complementa.
Objetivos do novo ciclo do Projeto S
O médico e diretor técnico do Hospital Estadual de Serrana, Gustavo Volpe, explica que o novo ciclo do estudo tem três objetivos principais. O primeiro é estimar e comparar a prevalência de soroconversão para o SARS-CoV-2 em adultos e idosos. “Já sabemos que a CoronaVac gera uma ótima imunidade, mas queremos observar este fenômeno ao longo do tempo e ver como isso se processa no mundo real, não em um estudo controlado”, diz Volpe.
O segundo objetivo é avaliar a resposta imune celular, mediada por células T de memória de longa vida. “A resposta imunológica que é gerada tanto pela infecção quanto pela vacina não se dá somente pela produção de anticorpos, mas também por essas células que fazem a defesa”, ressalta o pesquisador. A terceira finalidade é avaliar o tempo de duração da imunidade celular e humoral (anticorpos) nos vacinados.
Veja a lista de escolas onde será realizada a coleta para participação na nova etapa:
EE Jardim das Rosas
EE Professora Neusa Maria do Bem
EMEF Professora Dilce Gonçalves Netto França
EMEF Professor Edésio Monteiro de Oliveira
EMEF Paulo Sérgio Gualtieri Betarello
EMEF Professora Maria Celina Walter de Assis
EMEF Professora Dalzira Barros Martins
EMEF Jardim Dom Pedro I