Mais de 1,4 mil obras estão paradas ou atrasadas em todo o Estado
Os investimentos nesses projetos, em valores iniciais de contrato, ultrapassam os R$ 43 bilhões
Da Redação
O Estado de São Paulo fechou o ano de 2019 com mais de 1,4 mil obras públicas atrasadas ou paralisadas. Distribuídos na Capital e em 425 municípios do interior e do litoral paulista, os investimentos nesses projetos, em valores iniciais de contrato, ultrapassam os R$ 43 bilhões.
Com relação ao início de 2019, quando o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) começou a monitorar as construções com problemas de cronograma, os números recuaram em 16%. Em abril, eram 1.677 obras públicas paradas e atrasadas. Já os dados, atualizados até 10 de janeiro deste ano, registram a existência de 1.412 projetos – 716 paralisados e 696 atrasados.
A maior fonte dos recursos é referente a contratos firmados com o Governo Federal (39%, 550 projetos). Os convênios ajustados com o Governo Estadual estão presentes em 439 obras, ou seja, em 31,1%. Ao todo, 382 empreendimentos (27,1%) são decorrentes de recursos próprios dos contratantes e 41 (2,9%) são realizados por meio de contratos de financiamento.
Os dados foram coletados pela Corte de Contas paulista junto a 4.474 órgãos da administração direta e indireta do Estado e dos municípios. No total, 1.156 obras (81,87%) são de responsabilidade municipal, ao passo que 18,13% (256) são de competência do Estado.
Itatiba
De acordo com o levantamento feito pelo TCE, há uma obra paralisada em Itatiba, que se trata da construção de 40 casas no Pedro Fumachi pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).
Com um valor estipulado em R$ 3.123.359,30, a obra foi iniciada no dia 2 de julho de 2018, com prazo de término para o mesmo dia e mês deste ano. Questionada pelo JI, a Prefeitura informou que os trabalhos são de responsabilidade do Estado de SP.
A reportagem busca contato com a CDHU. O espaço está aberto para esclarecimentos.