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Por Roberto

Luisa Stefani vence duelo emocionante contra Bia Maia e é campeã do WTA 1000 de Guadalajara, no México

Brasileira fatura seu quinto título na carreira, segundo de WTA 1000 e segundo na temporada após um ano parada

Por Roberto

Foto: (@wtaguadalajara)

Em uma final brasileira e emocionante, Luisa Stefani conquistou, já no começo da madrugada desta segunda-feira (24), o título do WTA 1000 de Guadalajara, no México, ao lado da australiana Storm Sanders. O torneio é um dos mais importantes do ano, perdendo somente para os quatro Grand Slams.

A dupla da medalhista olímpica de Bronze com a parceira 18ª do mundo derrotou a paulistana Beatriz Haddad Maia e a cazaque Anna Danilina por 7/6 (7-4) 7 (7-2) 10/8, após 1h59min. Luisa e Sanders estiveram o tempo todo atrás no super tie-break, mas marcaram quatro pontos seguidos após o 6 a 8, conquistando a virada. Na tarde deste domingo (23), Luisa e Storm já haviam superado, pela semifinal, a dupla das chinesas Zhaoxuan Yang e Yifan Xu, cabeças de chave 8, por 5/7 6/4 10/5.

Luisa e Storm jogaram o segundo torneio juntas e já alcançaram o primeiro título. A paulistana garantiu seu quinto caneco. Este ano ela venceu o WTA 250 de Chennai, na Índia, primeiro torneio após o retorno de cirurgia no joelho depois de um ano parada, ao lado da canadense Gabriela Dabrowski.

Luisa conquistou seu segundo troféu de WTA 1000. Ano passado ergueu a taça em Montreal, no Canadá, ao lado também de Dabrowski. Ainda foi vice-campeã no WTA 1000 de Cincinnati, nos EUA, e Miami, nos EUA, junto com a norte-americana Hayley Carter. Com o título, Luisa vai saltar do do 217º lugar ao top 60 mundial. A brasileira foi top 10 no começo da temporada.

A brasileira, patrocinada pela Fila, Faros Private XP e XP Investimentos e que conta com os apoios da Liga Tênis 10 e Bolsa Atleta, soma ainda conquistas em 2019 no WTA 250 de Tashkent, no Uzbequistão, e 2020 em Lexington, nos EUA, ambos com Hayley Carter.

Fazendo história na carreira - Luisa, de 25 anos, começou a jogar tênis aos 10 anos, na B.Sports, no bairro de Perdizes, em São Paulo, onde nasceu. Disputou as chaves principais dos quatro Grand Slams juvenis, atingindo as semifinais de duplas do US Open juvenil em 2015, quando chegou a 10a. posição do ranking mundial juvenil.

Foi para os Estados Unidos para estudar e jogar tênis. No circuito universitário jogou pela Pepperdine University, na Califórnia, e atingiu a segunda posição no ranking da ITA (Intercollegiate Tennis Association). Foi nomeada caloura do ano 2015 pela ITA, compilando uma campanha de 40 vitórias e apenas 6 derrotas. Entre 2015 e 2018, ainda no circuito universitário americano, dedicou-se parcialmente ao circuito profissional da ITF, o que não a impediu de conquistar 10 títulos e atingir outras 5 finais de duplas naquele circuito. Terminou 2018 como 215ª. do mundo em duplas e 753ª. em simples.

Optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018. Ganhou destaque nas duplas e começou a colher resultados já em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent, no Uzbequistão, e o vice-campeonato em Seul, na Coréia do Sul, em outubro, com a então nova parceira, a norte-americana Hayley Carter, terminando o ano perto das 70 melhores do mundo.

Em 2020, conquistou o WTA 125 de Newport Beach, na Califórnia e chegou às oitavas de final do Australian Open. Após a quarentena, comemorou o título do WTA de Lexington, nos Estados Unidos. Terminou o ano como a 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Começou 2021 com a final no WTA 500 de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, alcançando o top 30 - a primeira brasileira desde 1976 - e chegou à segunda decisão em Adelaide e à terceira em Miami, torneio da série WTA 1000. O vice-campeonato em Miami permitiu que Luisa subisse para a 25ª posição no ranking, o melhor de uma brasileira na história desde que o ranking WTA foi criado em 1975. Em junho ganhou mais duas posições - 23º lugar. Conquistou, no fim de julho, a inédita medalha de Bronze Olímpica para o Brasil ao lado de Laura Pigossi. Continuou subindo no ranking e com o vice-campeonato em Cincinnati subiu para 17ª do mundo. Com a semifinal do US Open chegou a ser a 12ª do ranking e posteriormente ocupou o nono lugar na tabela durante o início de 2022.

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