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Recentemente, a empresária e influenciadora digital Kim Kardashain contou em suas redes sociais que havia lesionado o ombro e que estaria voltando aos treinos com a ajuda de sua personal trainer, que já passou pelo mesmo problema ocorrido com ela.

Apesar de não detalhar como a lesão aconteceu, Kim comentou que havia fraturado o ombro e rompido o tendão, motivos pelos quais ficou de fora da academia por algumas semanas.

Quem é adepto à musculação ou outras atividades físicas, ao sofrer uma lesão, geralmente a primeira pergunta que o paciente faz ao médico é: quando posso voltar a treinar?

No caso dos ombros, o tendão é a estrutura que conecta o músculo ao osso e os principais tendões ao redor do ombro são o bíceps, que se origina no ombro e seu prolongamento é o responsável por formar o bíceps do braço; e o manguito rotador, conjunto de quatro outros tendões.

O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Sandro da Silva Reginaldo, ressalta que o retorno à atividade física depende de cada caso e a prática deve ser retomada de forma não tão intensa. “É preciso ter paciência e entender o limite do corpo”, pontua.

O especialista destaca que algumas práticas podem ajudar nesse período de recuperação, como fazer alongamentos e massagens, para que o sangue circule nos tecidos lesionados e haja amplitude de movimentos. “Entretanto, é necessário ter cuidado e evitar alongamentos que causem dor ou possam agravar a lesão”, diz.

Segundo o cirurgião, uma boa opção para a volta aos treinos é realizar exercícios que auxiliem na restauração de funções básicas do ombro, como o pêndulo – o qual apoia-se o braço não lesionado em uma mesa ou cadeira, deixa-se o outro braço pender para baixo e desenham-se círculos no ar, que devem começar pequenos, mas crescerem gradualmente. “Esse exercício é uma forma simples e eficaz para diminuir a dor e restaurar a amplitude de movimento do ombro após uma lesão ou cirurgia”, comenta.

Em casos de lesão no manguito rotador, em que procedimento cirúrgico for necessário, para voltar aos treinos de musculação é preciso que as estruturas já tenham tido uma cicatrização adequada. “Essa recuperação leva tempo, depende de uma série de fatores, como o tipo de lesão e a técnica aplicada. Geralmente, é preciso esperar pelo menos quatro meses”, salienta o ortopedista.

Em um primeiro momento, deve ser iniciado trabalho de fortalecimento da região, com exercícios mais leves, para reativar os grupos musculares e proporcionar ganho de condicionamento. “Cada caso é único e cada paciente reage de uma maneira ao tratamento. É sempre lembrando a importância de que isso ocorra com a orientação de profissionais capacitados”, conclui.