Junho Vermelho: especialista tira dúvidas sobre a doação de sangue
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Mês de promoção da doação de sangue, o “Junho Vermelho” foi instituído pela OMS (Organização Mundial de Saúde) em 2004 para homenagear pessoas que ajudam a salvar vidas e, ainda, conscientizar sobre a necessidade constante de se fomentar este ato. Todo o sangue doado a hemocentros é destinado a hospitais e utilizado em cirurgias que salvam milhões de pessoas anualmente. Um único procedimento, conforme dados do Ministério da Saúde (MS), pode consumir de duas a seis bolsas de sangue e os períodos mais críticos são os meses de férias, como julho (que se aproxima), dezembro e janeiro, que também contemplam as festividades. É nestas épocas que o consumo dos hemocentros aumenta, uma vez que mais pessoas pegam a estrada e, assim, infelizmente, geram acidentes, o que implica em maior assistência a situações de emergência.
José Francisco Marques, hematologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas, lembra que o clima frio também contribui para inibir os doadores a saírem de casa. “A campanha é fundamental para conscientizar sobre a necessidade e a importância dessas doações para salvar outras vidas, que, inclusive, podem incluir algum familiar ou amigo próximo”, destaca.
Como muitas pessoas ainda possuem dúvidas sobre a doação, o especialista aborda algumas informações necessárias para quem deseja se tornar um doador periódico:
Idade - A idade mínima para ser um doador é 16 anos. Quem ainda não completou 18 precisa de autorização dos pais ou responsáveis; a idade máxima é de 69 anos;
De quanto em quanto tempo doar - Homens podem fazer doações a cada dois meses, no total de quatro doações por ano. Mulheres podem doar a cada três meses, por conta das regras menstruais, no total de três doações anuais. Mulheres gestantes não podem doar sangue;
Peso e alimentação – Para doar sangue é preciso ter, no mínimo, 50 quilos e estar bem alimentado, mas tendo-se evitado comidas gordurosas no período que antecede a doação de sangue;
Sono em dia – É necessário ter dormido pelo menos seis das 24 horas anteriores;
Tipo sanguíneo – Todo o tipo sanguíneo é bem-vindo e não há problema caso o doador não saiba o próprio, pois o processo classifica nos quatro tipos existentes: A, B, AB e O; o Fator Rh determina se é positivo ou negativo. Essas informações são essenciais para que as bolsas sejam destinadas de forma correta ao paciente que irá recebe-las;
Quantidade – Cada bolsa de sangue tem 400ml e pode beneficiar até quatro pacientes, dependendo da necessidade, como hemácias para anemia, plasma, crioprecipitado e plaquetas para hemorragias;
Qualidade – O sangue passa por um rigoroso processo de qualidade, necessário para classificar e descartar doenças transmissíveis por transfusão, incluindo testes como sífilis, hepatites B e C, HIV, chagas, sorologias e alguns testes moleculares. Isso garante a segurança do doador e do receptor;
Tatuagem – A pessoa que tem tatuagem pode doar sangue, desde que a tatuagem tenha sido feita há pelo menos um ano;
Uso de medicamentos – Tudo depende do tipo de medicamento administrado; como existem muitas possibilidades de tratamento, essa questão pode ser avaliada na triagem, antes de o sangue ser colhido;