Jornalista Patrícia Maldonado acusa autoridades de descaso após morte da mãe no trânsito em Valinhos

Foto> Reprodução/Arquivo Pessoal
Seis meses após a morte da mãe em uma colisão de trânsito em Valinhos, a jornalista Patrícia Maldonado trouxe o caso à tona para desabafar sobre o que considera um descaso das autoridades em relação à investigação do ocorrido. “Tá sendo tratado como mero acidente de trânsito, em que dois carros bateram, a Polícia chama os envolvidos, cada um chama seu seguro e segue a vida, mas o que aconteceu foi uma morte no momento da colisão, minha mãe não teve sequer a chance de ser socorrida para um hospital”.
O caso ocorreu na manhã de 21 de fevereiro, quando os pais dela saíram de casa para irem até a farmácia em uma pick-up Saveiro, que acabou sendo atingida por um carro. O impacto se deu no lado direito da Saveiro, e Florinda Maldonado, mãe da Patrícia, estava sentada no banco do passageiro. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
A jornalista acredita que o gerente comercial que conduzia o carro que causou a colisão teve um comportamento ao volante que não permite classificar o caso como um acidente, nem como homicídio culposo, quando não há intenção de matar, já que, na opinião dela, o motorista assumiu o risco ao dirigir de forma perigosa. “Estava, segundo testemunhas, em altíssima velocidade, em um lugar que o limite é 40 km/h, a pessoa veio ziguezagueando até bater, isso foi dito no boletim de ocorrência por testemunhas, a pessoa se omitiu de ajudar meu pai, isso é um acidente de transito pura e simplesmente? Um homicídio culposo, quando não há a intenção de matar? Eu juro que na minha cabeça isso não entra”.
Na época do acidente o caso não teve grande repercussão, e Patrícia apenas informou nas redes sociais que teve de viajar às pressas de Orlando, onde vive nos Estados Unidos, para o Brasil pois havia perdido a mãe de forma repentina, mas sem informar a causa. Mas agora, quando o caso completou seis meses, a jornalista resolveu se manifestar nas redes sociais, e também falar com a imprensa sobre o ocorrido. “Até agora eu estava quieta, não tinha falado nada nem nas redes sociais, pois não queria expor minha família, nosso drama pessoal, mas mudei de opinião diante do descaso e falta de interesse das autoridades, não foi sequer solicitada perícia do velocímetros dos carros, até hoje não apareceram as imagens das câmeras de segurança do condomínio em frente ao local do acidente que foram mostradas pro meu pai e meu irmão no dia do crime, e que depois sumiram”.
A CBN Campinas entrou em contato com o Ministério Público estadual e com a Secretaria de Segurança Pública do estado. O MP informou por meio de nota que a Promotoria de Justiça de Valinhos, em uma análise preliminar no final de maio, vislumbrou a prática dos delitos como homicídio culposo e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, abrindo a possibilidade de acordo entre as partes. O MP afirma que a manifestação foi reiterada no início deste mês após um pedido do marido da vítima, que solicita o reconhecimento do homicídio doloso e não culposo.
A SSP não se manifestou até o fechamento da reportagem.
* com informações da Rádio CBN Campinas