Inclusão e Arte são a tônica de exposição aberta na Câmara Municipal
A mostra reúne 40 obras divididas entre fotografia, pintura e desenhos, dos mais variados temas
Foto: Amanda Vedovello/CMI
Da Redação
Foi inaugurada, na tarde da última terça-feira, dia 13, a exposição “Artista Autista – Arte e Inclusão”, de Helena Lucas Nascimento. A mostra reúne 40 obras divididas entre fotografia, pintura e desenhos, dos mais variados temas. Os trabalhos da jovem artista estão expostos no Espaço Benedito Campos Pupo – “Dito Pinhá” da Câmara Municipal de Itatiba; e podem ser conferidos durante todo o mês.
Ainda na infância, Helena foi diagnosticada com autismo, transtorno bipolar e disfunção motora. Foi nas artes que ela encontrou um meio de se expressar e se desenvolver. Tomou gosto por pintar telas, de modo livre e espontâneo. Depois transitou pelo desenho, fotografia e, ainda, descobriu o teatro. Tudo isto a fortaleceu, contribuindo para seu crescimento e para a construção de seus vínculos sociais. A exposição de suas obras é um retrato de todo este processo e prova a importância da arte na construção e na inclusão do indivíduo na sociedade.
Estiveram presentes na abertura da mostra o secretário municipal de Cultura e Turismo, Luis Soares de Camargo; além dos vereadores Juninho Parodi e Luciana Bernardo. Juninho, que é coordenador da Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas com Deficiência e Doenças Raras, discursou em nome do legislativo. “É muito importante levar a inclusão para os diversos setores públicos de nosso município por meio da arte. Assim como também é essencial estimularmos outras pessoas com deficiência a desempenharem atividades diversas”, ressaltou o vereador.
“A Helena, como artista, está aqui mostrando pra nós o seu mundo em particular através das suas obras. E seus trabalhos têm muita qualidade”, afirmou o secretário Luis Soares de Camargo. Muito emocionada, Michela Lucas, mãe da jovem artista, falou em nome da família. “Com quatro anos, minha filha recebeu o diagnóstico de autista. A partir daí, as artes se revelaram de uma maneira muito simples em sua vida. Ela me pediu uma tela e tinta guache para pintar. Não imaginávamos que este talento pudesse florescer tanto. No entanto, estamos hoje aqui apresentando obras tão bonitas que ela criou ao longo de todo esse tempo. Independentemente das limitações de cada um, nós podemos fazer o que quisermos”, disse Michela.