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Por Redação

Inativo desde 2011, PM reinicia projeto de equoterapia em Sorocaba

Primeira turma conta com 12 participantes, sendo a maioria crianças e adolescentes diagnosticados com transtorno do espectro autista

Por Redação

Foto: SSP-SP

Por Isabele Amaral

Após mais de uma década de inatividade, o projeto de equoterapia da Polícia Militar em Sorocaba, no interior de São Paulo, foi reiniciado nesta sexta-feira (25). O programa, que visa estimular o desenvolvimento de pessoas com deficiência com a ajuda de cavalos, estava suspenso desde 2011 por causa de problemas estruturais. Agora, sob a liderança do 14° Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), as atividades foram retomadas com a unidade reformada e uma nova equipe.

A primeira turma conta com a participação de 12 pessoas, sendo a maioria crianças e adolescentes com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os participantes foram selecionados por uma equipe técnica multidisciplinar da Associação de Socorro Imediato a Pessoas com Câncer e Autismo (Asipeca), uma organização não governamental que reúne médicos, psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais.

“Nosso objetivo é levar esse tipo de tratamento a todos os destacamentos de cavalaria do estado. É um estímulo muito grande às pessoas com deficiência e um acolhimento às famílias. É mais uma iniciativa social da Polícia Militar que, muitas vezes, a população não vê. Não é só o combate ou prevenção de crime como pensam, mas também damos esse auxílio com esse e outros programas que temos na corporação”, ressaltou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, enquanto acompanhava o tratamento dos pacientes no Baep.

A primeira turma do projeto terá um tratamento mínimo de seis meses. Depois disso, os pacientes serão reavaliados pelos especialistas. Dependendo da evolução de cada um, o tratamento poderá ser estendido ou novos candidatos serão selecionados para participar do programa.

O reinício do projeto só foi possível graças à reforma e adequação do picadeiro do Grupamento de Cavalaria da Polícia Militar, que contou com o apoio de emendas parlamentares. As obras permitiram a cobertura do espaço, garantindo a segurança e o conforto dos participantes durante as atividades.

’Duplo acolhimento’: enquanto os filhos fazem a equoterapia, pais passam por sessão com psicólogo

Ter um filho com deficiência demanda ainda mais dos pais tanto física quanto psicologicamente. É por isso que o projeto também acolhe os familiares enquanto os filhos passam pela equoterapia.

“Quando cheguei aqui me perguntaram assim: ‘Você cuida do seu filho, mas quem cuida de você?’ Até chorei. Acho que ninguém nunca me perguntou isso”, revelou Diná Aparecida da Silva, mãe de Alexandre, um dos pacientes da equoterapia no Baep. “Enquanto ele estava lá, fui falar com uma psicóloga, e quero continuar com esse tratamento para mim também. Faz bem demais. É um acolhimento de todos os ângulos.”

Alexandre tem deficiência física e intelectual. Ele fazia esse tipo de tratamento há alguns anos, mas precisou parar devido ao aperto financeiro da família.

Hoje, enquanto estava fazendo a terapia com o auxílio do cavalo, Alexandre estava sorridente, interagindo não só com o animal, mas também com o policial que o conduzia e com a profissional de saúde que estava por perto prestando apoio.

Como funciona a equoterapia?

A equoterapia é uma abordagem terapêutica que utiliza o cavalo como ferramenta para promover o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência.

Trata-se de uma prática interdisciplinar que integra saúde e educação, visando melhorar as áreas física, mental e social do paciente. Entre os benefícios da equoterapia, destacam-se a melhora no desenvolvimento emocional, social e cognitivo, através da estimulação do corpo, do equilíbrio, da coordenação motora, da força muscular e da consciência corporal.

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