Idoso de Itatiba recebe doação após ser vítima de golpe
A esposa do senhor Fabiano Bento Barbosa disse que "o aparelho está funcionando muito bem e só vai ter um acompanhamento para possíveis ajustes"
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Foto: Lucas Selvati / JI
Da Redação
A gerente comercial da Audicamp de Itatiba, Jéssica Raquel Corrêa de Carvalho, assistia à televisão quando se deparou com uma reportagem sobre uma quadrilha que praticava golpes contra idosos em Itatiba e já havia lucrado, até então, R$120 mil; a esposa de uma das vítimas apareceu na reportagem dizendo o quão triste havia sido perder o dinheiro que ela e o marido guardavam para um aparelho auditivo, já que o mesmo estava ganhando pouco com a aposentadoria e havia perdido os “bicos” por conta da pandemia. “A história me comoveu muito, então decidi contatar a diretora executiva da Audiocamp que teve a ideia de realizar a doação, em seguida entrei em contato com o Márcio Dalcin, que é da Central de Rádio de Itatiba, e ele conseguiu localizar o senhor para mim, porque na reportagem não mostrou”, contou Jéssica.
“A minha reação foi imediata quando a Jéssica comentou comigo, porque acredito que recebemos o que damos e foi a forma que eu encontrei de retribuir tudo aquilo que estamos recebendo, realizando atendimentos em Itatiba há dez anos”, declarou a diretora executiva da Audiocamp e fonoaudióloga, Janayne Barbosa Serra.
A doação
Jovelina Pires Ferreira Barbosa, de 66 anos, e Fabiano Bento Barbosa, de 74, juntavam dinheiro para um aparelho auditivo para Fabiano, quando receberam o golpe. Jovelina conta que a notícia de que ganhariam o aparelho chegou até ela por meio de uma ligação da delegacia. “Me ligaram pedindo para eu entrar em contato com o Anderson da CRN, entrei, e depois a Audiocamp entrou em contato comigo e agendou para a última segunda-feira, dia 30, a entrega da doação. O aparelho está funcionando muito bem e só vai ter um acompanhamento para possíveis ajustes”, finalizou a esposa do beneficiado.
O golpe
O golpe realizado em Itatiba consistia em criminosos que ligavam para as vítimas fingindo que faziam parte da Febraba (possuíam, inclusive, crachá da empresa) e falavam que o cartão dos idosos havia sido bloqueado ou clonado, e pediam então a senha. Depois de aplicar o golpe, os criminosos ligavam mais uma vez, alegando ser da polícia e diziam que o caso já estava sendo investigado e não era necessário o boletim de ocorrência. Os golpistas já foram presos.
