Hospital Maternidade de Campinas orienta sobre maior cuidado com os bebês no inverno
Nos meses de inverno a atenção dos pais precisa ser redobrada, uma vez que o sistema imunológico deles ainda está em desenvolvimento
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O aumento da frequência dos casos de infecções virais respiratórias no inverno preocupa os profissionais da área da Saúde, principalmente com os bebês pelo fato de não terem, ainda, as defesas do organismo desenvolvidas. A recomendação dos profissionais do Hospital Maternidade de Campinas é que a atenção com os bebês seja ainda maior nesse período de clima seco e frio. Embora as medidas de prevenção sejam simples, como evitar o contato dos bebês com pessoas que apresentem sintomas até de um simples resfriado e manter a boa higienização e ventilação da casa, o Hospital Maternidade de Campinas faz o alerta na tentativa de evitar as internações.
O vírus sincicial respiratório geralmente provoca doenças mais leves em crianças mais velhas e nos adultos, porém pode ser perigoso para recém-nascidos e crianças menores de dois anos. Por isso, nesta época do ano, principalmente, é importante que os pais evitem receber muitas visitas de parentes e amigos que desejam conhecer o bebê. Para quem tem recém-nascidos, esta restrição deve ser ainda mais rigorosa”, aconselha o pediatra Abimael Aranha Netto, supervisor técnico da Unidade Neonatal da Maternidade de Campinas. Além do vírus sincicial, muitos outros circulam nesta época do ano e, por isso, de acordo com ele, é essencial manter o calendário de vacinação atualizado e muito recomendável que as grávidas e as crianças entre seis meses e cincos anos de idade tomem a vacina contra a gripe, disponível na rede pública”, orienta.
Resfriado x gripe
Resfriado e gripe são as doenças mais comuns nesta época do ano e que podem afetar as vias respiratórias. Apesar de, muitas vezes, serem confundidas e compartilharem os sintomas iniciais – nariz entupido e dores no corpo –, trata-se de duas infecções distintas. O resfriado pode ser desencadeado por várias espécies diferentes de vírus e provoca, no máximo, dores leves, tosse, espirros e coriza nasal. Já a gripe é causada por um vírus específico (influenza) e se diferencia, principalmente, pelos sintomas que aparecem a médio prazo: dores mais intensas do que nos resfriados, náuseas, febre, congestionamento das vias respiratórias e comprometimento do sistema imunológico. É importante estar atento à gripe, uma vez que, ao comprometer o sistema imunológico, ela pode abrir espaço para problemas mais graves, como a pneumonia.
Outra preocupação é com a bronquiolite viral que, embora provoque sintomas semelhantes aos do resfriado ou da gripe, nos bebês ela pode evoluir e provocar inflamação das pequenas vias aéreas do pulmão. “Essa inflamação pode ser identificada pelo “chiado” no peito, similar ao de crianças com asma, e pela dificuldade respiratória. Dependendo da gravidade, em dois dias pode haver piora da tosse, dificuldade para respirar e aumento da frequência respiratória, além de dificuldade para mamar e deglutir ou, até mesmo, sinais de menor oxigenação do sangue (azulamento dos lábios e dos dedos), o que pode exigir, em alguns casos, a internação das crianças em Unidades de Terapia Intensiva”, explica o pediatra.
Orientações básicas
Uma das orientações mais importantes é que as pessoas, ao menor sintoma de estarem com gripe, resfriado ou doenças respiratórias, evitem o contato com as crianças. Caso não seja possível – se os pais ou irmãos estiverem doentes, por exemplo – recomenda-se o uso de máscaras dentro de casa. É necessário, também, que todos lavem bem as mãos com maior frequência, principalmente ao chegar rua e antes de pegar ou tocar nos bebês. Mesmo as crianças maiores com infecções respiratórias não devem ter contato com outras para evitar uma possível transmissão da doença. Além disso, elas necessitam de repouso e cuidados para a recuperação mais rápida. É aconselhável que o acompanhamento médico, quando a criança apresentar quaisquer dos sintomas da gripe ou resfriado, seja feito no Centro de Saúde ou em consultórios, evitando-se os prontos-socorros para reduzir o risco do contato das crianças com pessoas que estão ali pelos mais variados problemas de saúde. É preciso ficar alerta para os sinais de que a criança está piorando e, nestas ocasiões, procurar ajuda médica.
Em casa
A casa e os quartos das crianças devem estar sempre limpos e arejados. É preciso ficar atento aos brinquedos de pelúcia, tapetes, cortinas, protetores de berço e almofadas, entre outros, que acumulam poeira e, consequentemente, concentram ácaros, grandes causadores de alergias respiratórias. Animais de estimação devem ficar longe das crianças. O leite materno é o alimento ideal para o bebê e deve ser mantido de forma exclusiva até os seis meses de idade. Depois, até os dois anos, recomenda-se o aleitamento juntamente com comidas saudáveis. O leite materno funciona como uma vacina e protege a criança de infecções respiratórias, visto que contém os anticorpos da mãe.
Outo alerta é garantir que ninguém fume nos cômodos da casa, pois a fumaça do cigarro irrita as vias respiratórias das crianças. Também é aconselhável umidificar os ambientes - para diminuir as irritações da pele e mucosa dos olhos, nariz e vias respiratórias - lavar o nariz com soro fisiológico, principalmente em caso de coriza ou obstrução nasal, e oferecer bastante água, a fim de hidratar o corpo e eliminar secreções.
Sobre o Hospital Maternidade de Campinas
O Hospital Maternidade de Campinas é uma instituição filantrópica fundada em 12 de outubro de 1913 diante da necessidade de atendimento às mães em situação de vulnerabilidade social ou que dependam da assistência pública do setor da Saúde. Foi o primeiro hospital de Campinas com condições de oferecer às mulheres o apoio e o cuidado necessários no momento do parto. São quase 111 anos de portas abertas, 24 horas ininterruptas por dia. Hoje, o Hospital Maternidade de Campinas é referência regional e tem representatividade nacional no atendimento à saúde da mulher. Trata-se da maior Maternidade do interior do Brasil em número de partos: 9 mil por ano (750 por mês, cerca de 25 por dia) e, aproximadamente, 1.900 internações por mês (22.800 por ano), dos quais 60% pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A quantidade de partos representa, praticamente, a metade de todos os nascimentos ocorridos na RMC – Região Metropolitana de Campinas. São 30 leitos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal, dos quais 18 são oferecidos para a rede pública. O hospital registra, em média, 930 atendimentos em UTI Neonatal por ano. É o hospital com o maior número de leitos de UTIs e de UCIs de Campinas para o atendimento público.