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Hortolândia: dois vereadores e assessor detidos; suspeita de rachadinha

Por Redação

Foto: Celina Silveira


Dois vereadores e um possível funcionário comissionado da prefeitura de Hortolândia foram detidos na manhã desta quinta-feira na cidade suspeitos de praticar a “rachadinha” na Câmara de Vereadores, esquema em que parte de salários dos assessores são dados para os próprios vereadores.

O 10º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP), de Piracicaba, cumpriu os mandados de prisão a pedido da 3ª Promotoria de Justiça de Hortolândia.

Os vereadores Enoque Leal Moura (MDB) e Márcia Campos (PSB) foram os alvos da operação.

O terceiro preso é Isaac Santos Souza, que foi gerente do Centro Poliesportivo Nelson Cancian em 2017, e teria cargo comissionado na Secretaria de Inclusão.

A prefeitura de Hortolândia, por meio de nota, informa que “ainda não foi notificada pelas autoridades e está à disposição dos órgãos de investigação para prestar quaisquer esclarecimentos a respeito do caso”.

A administração não respondeu ao questionamento da CBN Campinas sobre o possível cargo de Isaac, alegando que precisa ter acesso aos dados do funcionário para verificar se não se trata de algum homônimo ou possível erro de digitação.

A Câmara de Vereadores de Hortolândia ainda não se posicionou sobre o caso.

Segundo a advogada Raquel Sales, Isaac Souza atuou como voluntário na ONG que era comandada por Márcia, mas não tinha nenhuma relação com o gabinete da vereadora.

O Ministério Público aponta que Enoque exonerou u m chefe de gabinete após ele se recusar a continuar dando parte do salário ao vereador.

O advogado Ralph Tortima Filho, que defende o vereador Enoque, criticou a operação.

“Meu cliente não foi avisado sobre esse processo. Se tivesse sido comunicado, ele iria prestar os esclarecimentos e evitaria essa prisão. Ele não teve chance de apresentar a versão dele. Foi uma prisão desnecessária, ao meu ver”, disse.

Tortima também é responsável pela defesa do vereador Zé Carlos (PSB), de Campinas, alvo de outra operação, do Ministério Público, que investiga possível caso de corrupção passiva em contratos terceirizados da Câmara — sem relação com o caso de Hortolândia.

O trio vai permanecer preso até audiência de custódia, que está prevista para esta sexta-feira. Os advogados, porém, tentam pedir a antecipação desse processo.

* com informações da Rádio CBN Campinas

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