Homem que jurou a companheira de morte é preso preventivamente
A Justiça manteve preso o homem que agrediu sua companheira, uma mulher transgênero de 22 anos, no meio da rua, em Itatiba, nesta semana. O flagrante foi convertido em prisão preventiva devido ao histórico criminal do agressor, que inclui outras agressões à mesma vítima, além de outros crimes pelos quais já foi condenado. A decisão judicial destacou a necessidade de manter o agressor detido para proteger a vítima, que está em situação de vulnerabilidade.
De acordo com a decisão: "O flagrante encontra-se formalmente em ordem, não havendo motivo para relaxamento, já que a prisão ocorreu logo após a violência perpetrada contra a vítima. Por outro lado, estão presentes os pressupostos e requisitos para a prisão preventiva, de modo a impedir a concessão de liberdade ao averiguado. O indiciado foi flagrado em episódio de violência doméstica, e sua libertação representa perigo à incolumidade da vítima".
O agressor, que já havia sido preso no ano passado por agredir a companheira e deixá-la em estado grave, foi detido pela Guarda Municipal de Itatiba após testemunhas presenciarem o ataque e acionarem as autoridades. No momento da prisão, ele fez ameaças de morte à vítima caso fosse preso. Diante desse cenário, a Justiça entendeu que a medida protetiva e a prisão preventiva são essenciais para garantir a segurança da mulher.
Relembre o caso
O ataque ocorreu na madrugada de terça-feira (22), na Vila Santa Clara, em Itatiba, quando a vítima saía do trabalho e foi surpreendida pelo companheiro, que estava agressivo. Ele tentou chutá-la, mas, ao desviar, a mulher foi atingida por um soco no queixo. Populares que ouviram seus gritos de socorro acionaram a Guarda Municipal, que rapidamente chegou ao local e prendeu o agressor.
No Plantão Policial, o homem se recusou a prestar depoimento ou assinar qualquer registro, enquanto a vítima relatou que vive em constante medo e solicitou uma medida protetiva. "Eu tenho medo de morrer. Meu parceiro é muito violento e está piorando rapidamente. Desta vez, eu quero ele preso e quero medida protetiva", declarou a mulher ao delegado Rodrigo Carvalhaes.
Flagrante e prisão preventiva
Além da prisão em flagrante pelos crimes de lesão corporal e ameaça, o delegado também representou pela prisão preventiva do agressor, atendendo ao pedido da vítima. O suspeito foi transferido do Centro de Triagem de Campo Limpo Paulista para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Jundiaí, onde aguardará o desenrolar do processo.
O caso reforça a importância de medidas rápidas e eficazes para proteger vítimas de violência doméstica, especialmente em situações de reincidência e ameaça iminente, como evidenciado pela decisão judicial.
* com informações de Fábio Estevam / Jornal de Jundiaí