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Por Redação

Hobby do ferreomodelismo se espalha pelo Brasil

De norte a sul do Brasil, muitas pessoas têm se interessado pelos trens elétricos em miniatura, seja por pura diversão ou mesmo para preservar a memória ferroviária do país

Por Redação

Seja para relaxar, divertir-se, desestressar ou mesmo cultivar o amor pelas ferrovias, muitas pessoas têm aderido ao hobby do ferreomodelismo, afinal, o trem elétrico é uma excelente opção para quem está procurando algo para entreter a mente e passar o tempo. É um hobby saudável, que ajuda neste momento tão delicado pelo qual todos estão passando.

Por isso, de norte a sul do Brasil, muitas pessoas têm se interessado pelos trens elétricos em miniatura, seja por pura diversão, hobby ou mesmo para preservar a memória ferroviária do país.

Em São Paulo, o biólogo Ricardo Antonio Santoro, 59 anos, é apaixonado por ferreomodelismo desde os 6, quando ganhou, de aniversário, um trem de brinquedo. De lá para cá, essa paixão se intensificou, e ele já possui, em sua coleção, cerca de 400 vagões e 250 locomotivas. “Este hobby está no meu cotidiano, pois mexo diariamente nos meus trens durante a semana, e nos finais de semana vou até a sede da Sociedade Brasileira de Ferreomodelismo, da qual sou filiado desde 1985”, explica Santoro.

Já em Volta Redonda, o engenheiro Nilton José Linhares, 58 anos, começou a ter contatos com os trens ainda criança. “Tenho um kit com trilhos e controle que ganhei do meu pai há muitos anos, além de algumas máquinas e vagões, principalmente alguns da CSN, empresa na qual trabalhei por 20 anos, e também da antiga COSIPA. Hoje, tenho duas locomotivas e cerca de 15 vagões”, diz Linhares.

Em Rondonópolis, o professor Ezequiel Silva Chaves, 42 anos, começou a ter contato com o hobby há13 anos, quando adquiriu uma caixa básica de trens da Frateschi. “Depois, construí minha primeira maquete e, mais tarde, fiz duas ampliações. É nela onde rodo toda minha coleção, composta por 522 vagões e 60 locomotivas. Nasci na cidade paulista de Mauá e vivi lá por 17 anos. Como viajei inúmeras vezes nos trens metropolitanos, que na época eram da CBTU, e nos atuais CPTM, acabei gostando muito de trens”, conta. A Frateschi é a única empresa da América Latina fabricante de trens elétricos em miniaturas e réplicas de composições reais e está situada em Ribeirão Preto, no interior paulista.

João Luiz Guimarães Franco, 66 anos, morador de Fortaleza, começou com este hobby há cerca de 20 anos. “Comecei a me interessar pelo tema por intermédio do meu pai, que possuía alguns trens; hoje possuo umas 10 locomotivas e uns 40 vagões. Por aqui há poucos praticantes de ferreomodelismo, talvez pelo fato de a cidade ser muito quente. Mas seria interessante se Fortaleza possuísse uma área que pudesse reunir os amantes deste hobby, como tem no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, e em outros locais do país”, afirma Franco.

Em Belém, o médico Rafael José Romero Garcia, de 41 anos, comprou um trem depois que seu filho nasceu, mas sempre acompanhou seu pai neste hobby. “Eu morava em Nova Europa, perto de Araraquara, no interior de São Paulo, e meu pai gostava bastante de plastimodelismo. Na época, os trens elétricos eram caros, mas sempre íamos aos encontros de entusiastas, visitávamos estações, esse tipo de coisa. Com isso, acabei gostando do ferreomodelismo”, comenta Garcia, que também sonha em ter sua própria maquete para rodar os trens. “Com frequência, faço a manutenção neles e lubrifico a locomotiva, sempre junto com meu filho, hoje com quatro anos”, completa.

Em Joinville, o vendedor Fábio Lilie, 36 anos, iniciou-se neste hobby há quase uma década. “Passei a gostar de ferreomodelismo quando ganhei de meu pai meu primeiro trem, aos 12 anos, e pretendo passar essa paixão aos meus filhos, quando tiver”, diz Lilie, que possui 14 vagões e duas locomotivas, que rodam em sua maquete ainda em construção. “Com a pandemia, pude mexer mais nela para deixá-la do jeito que gosto, e toda semana mexo nos trens, nem que seja por poucas horas”, conclui.

Um dos hobbies mais antigos do mundo

O ferreomodelismo é um dos hobbies mais antigos do mundo, e sua origem remonta ao período em que o transporte ferroviário foi adotado massivamente. As primeiras miniaturas de trens foram fabricadas por volta de 1830, por artesãos alemães. De lá para cá, muita coisa mudou, principalmente no Brasil, onde o transporte de passageiros pelas ferrovias deixou de acontecer, com exceção dos passeios turísticos. Mesmo assim, a paixão de algumas pessoas por este hobby se intensificou.

“O ferreomodelismo é uma mistura de entretenimento, baseado em modelos de escala, e arte, pois os amantes deste hobby ficam fascinados quando começam a construir suas maquetes, fazer toda a parte de decoração e cenário e projetar as construções. É preciso ter capacidade de observação para se construir uma maquete, pois todo esse trabalho de reprodução do mundo real é totalmente artesanal”, diz Lucas Frateschi, diretor da Frateschi Trens Elétricos, empresa com sede em Ribeirão Preto, no interior paulista, que possui mais de 50 anos de atuação no mercado e é a única fabricante de trens elétricos em miniaturas e réplicas de composições reais na América Latina. “Em tempos como estes, em que as famílias têm ficado em casa, é preciso arrumar algum hobby para distrair a mente. As pessoas pensam que o transporte ferroviário morreu, mas ele está vivo e em expansão. A ferrovia é de valor estratégico imprescindível para um país como o Brasil, e este crescimento ajuda a fomentar ainda a mais a paixão que muitos brasileiros têm pelos trens, sendo que muitos passam o hobby do ferreomodelismo para as futuras gerações”, finaliza Lucas.

 

Sobre a Frateschi

Fundada em 1967, a Indústrias Reunidas Frateschi é a única fabricante da América Latina de trens elétricos em miniaturas e réplicas de composições reais. Situada em Ribeirão Preto, no interior paulista, tem a missão de divulgar e preservar a memória ferroviária do Brasil, por meio da prática do ferreomodelismo. Há mais de 50 anos neste mercado, a empresa tem a convicção de que importantes relações humanas, como a interação entre pai e filho, avô e neto e amigos, são fortalecidas em momentos descontraídos durante a prática deste hobby.

Com atuação nacional e internacional, a Frateschi possui representantes nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Ceará e Pernambuco, além do Distrito Federal. No exterior, seus representantes estão na Argentina, Chile, Uruguai, Austrália, Nova Zelândia, Rússia, Suíça, África do Sul e Taiwan.

Mais informações podem ser obtidas no site www.frateschi.com.br.

Crédito Fotos: Divulgação

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