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Por Thatylla

Greve de caminhoneiros agrava situação no Chile, enquanto protestos prosseguem

Há oito dias o Chile vive um quadro de grandes manifestações e violentos protestos

Por Thatylla

Por AE

Uma greve de um setor das linhas de transporte público e dos caminhoneiros que exigem o fim de pedágios em estradas nas redondezas de Santiago complicava ontem a crise no Chile, que há oito dias vive um quadro de grandes manifestações e violentos protestos, com ao menos 19 mortos. Nesta tarde, milhares de chilenos começavam a se reunir para se manifestar por todo o país.

Na última quinta-feira, o governo do presidente Sebastián Piñera enviou ao Congresso um projeto de lei para congelar uma elevação nas tarifas de eletricidade e outro deve ser enviado nesta sexta-feira para aumentar em US$ 30 as pensões dos mais pobres. Isso, contudo, não foi suficiente para acabar com as manifestações no país, que ocorrem diariamente apesar do estado de emergência decretado pelo governo.

Em Valparaíso, centenas de manifestantes tentaram entrar na sede do Congresso e foram violentamente dispersados com gás lacrimogêneo, enquanto caminhões complicavam o trânsito entre a cidade costeira e Santiago. Congressistas e pessoal administrativo foram retirados do local, enquanto grupos de encapuzados levantavam barricadas e lançavam pedras contra a polícia no entorno da sede do Legislativo.

Mais cedo, caminhões circulavam lentamente por uma rodovia que une o norte e o sul do país e passa perto da capital. Motoristas e motociclistas também começaram um protesto, pedindo o fim de pedágios em estradas privadas da região. Nas estradas próximas à capital chilena, os motoristas de carros pagam em média entre US$ 35 e US$ 130 mensais, a depender do uso. Os caminhões pagam bem mais, por seus longos trajetos. O ministro do Transporte, Rafael Moreno, afirmou que os pedágios não subirão neste ano.

Além disso, a paralisação de meia centena de rotas do transporte público complicava a situação na periferia sul de Santiago, que perdeu a linha de metrô pelos saques e incêndios nas estações. As autoridades dizem que a linha deve demorar quase um ano para ser recuperada. O metrô transportava 2,4 milhões de pessoas diariamente em suas seis linhas. Ontem, funcionavam apenas 39% de suas estações. Fonte: Associated Press.

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