Grafite, história de grande centroavante e destaque como analista
Histórias da Coluna Reminiscências do Futebol
Por Ariovaldo Izac
Dos ex-atletas de futebol, hoje comentaristas de televisão, o então centroavante Grafite, vinculado aos canais SporTV e Premiere, é caracterizado pela pronta leitura de jogo, e nem por isso é um esnobador, como alguns arrogantes colegas do meio, que elucubram sobre mexidas em 'peças do tabuleiro', e tentam persuadir incautos.
Discretamente, Grafite cita aquilo que precisa ser falado, assim como foi a trajetória dele enquanto atacante com frieza para enfrentar goleiros com quaisquer dos pés. Além disso, também convencia no jogo aéreo, ao explorar a estatura de 1,89m de altura, aliava à privilegiada impulsão para cabeceio na bola em direção do gol.
Foi assim por onde passou, fruto da consciência do tempo exato de bola, quer para o arremate de primeira, quer pela paciência para ajeitá-la, visando a melhor definição do chute. Além disso, pautava a sua atuação com arranques, dribles e sabia fazer a chamada 'parede' para ajeitar bola, visando finalizações de companheiros.
Nascido em Jundiaí (SP), em 1979, Edinaldo Batista Libânio foi apelidado como Grafite pelo treinador Estevam Soares, com justificativa de semelhanças físicas com Edinaldo, ex-jogador do Independente Futebol Clube. A carreira de Grafite foi iniciada na Matonense em 1988, com prosseguimento por 19 anos na Ferroviária, Santa Cruz, Grêmio, Seoul da Coréia do Sul, Goiás, até que em 2004 o futebol dele se consolidou no São Paulo, ao lado do também atacante Luís Fabiano, tornando-se o artilheiro naquela temporada com 26 gols.
No jogo pela Libertadores contra o Quilmes, da Argentina, foi expulso após dividida com o zagueiro Leandro Desábato, com desdobramento de ofensa do adversário, que usou expressão de cunho racista. E ao deixar o Tricolor, foi-lhe aberto o mercado internacional, com passagens por Le Mans da França, Wolfsburg da Alemanha - com conquista do inédito título nacional em 2009, quando marcou 28 gols. Depois ainda jogou durante sete anos no Al-Ahli da Arábia Saudita.
No retorno ao Brasil, ainda passou por Santa Cruz (PE), Athetico Paranaense e Matonense. E por duas vezes esteve convocado à Seleção Brasileira, participando da Copa do Mundo da África do Sul em 2010, quando ingenuamente revelou ter se surpreendido pelo chamado, citando que o correto seria o centroavante Adriano ter sido convocado