Gastos com eleições podem chegar a R$ 704 milhões na RMC
Foto: Marcelo Camargo
As eleições municipais de 2024 na Região Metropolitana de Campinas (RMC) trazem à tona um cenário de altos gastos de campanha, refletindo a importância da disputa política nas 20 cidades que compõem a região. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o teto de gastos total permitido para a RMC é de até R$ 704,16 milhões, distribuído entre os 4.691 candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores.
Entre as cidades da RMC, Campinas e Paulínia são as que possuem os maiores limites de gastos para as campanhas. Em Campinas, o teto de gastos para os candidatos à prefeitura é de R$ 9,23 milhões, sendo R$ 6,59 milhões para o primeiro turno e mais R$ 2,63 milhões, caso haja necessidade de um segundo turno. Paulínia, conhecida pela sua forte economia e arrecadação de royalties do petróleo, tem oito candidatos disputando a prefeitura, e cada um deles pode gastar até R$ 4,37 milhões. Isso coloca Paulínia no topo entre as cidades com maiores gastos per capita na RMC.
Por outro lado, cidades menores como Morungaba têm limites de gastos bem mais modestos. Em Morungaba, o teto estabelecido pelo TSE é de R$ 600 mil para cada candidato à prefeitura e R$ 80 mil para os candidatos a vereador. Itatiba, que ocupa uma posição intermediária, permite que os candidatos à prefeitura gastem até R$ 1,5 milhão, enquanto os candidatos ao Legislativo podem desembolsar até R$ 120 mil.
Holambra, apesar de sua situação única com apenas um candidato a prefeito, apresenta um limite baixo devido ao seu tamanho. A cidade tem um teto de gastos de R$ 300 mil para a campanha majoritária. Isso reflete a distribuição proporcional de recursos conforme o tamanho das cidades e o número de eleitores, que são fatores determinantes na definição dos tetos de gastos.
Esses limites de gastos são fundamentais para entender a dinâmica eleitoral em cada município. Em cidades maiores, onde a competição é mais acirrada e o eleitorado é mais numeroso, os gastos tendem a ser mais elevados. Já em cidades menores, como Morungaba e Holambra, o desafio é maximizar o impacto dos recursos limitados para alcançar e convencer os eleitores.
A distribuição dos recursos também destaca a importância da gestão financeira nas campanhas, especialmente em um contexto onde o Fundo Eleitoral desempenha um papel crucial no financiamento das atividades políticas. As prefeituras dessas cidades, que serão responsáveis por áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura, dependem diretamente do resultado dessas campanhas e da escolha dos eleitores, que estarão atentos tanto às propostas quanto à transparência e responsabilidade fiscal dos candidatos.