Futebol brasileiro não permite que treinadores tenham longevidade nos clubes
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Ser treinador no futebol brasileiro não é uma tarefa fácil. Basta a equipe sofrer alguns tropeços ou realizar uma campanha abaixo da expectativa e pronto: rua. A “dança das cadeiras” dos técnicos impossibilita que eles tenham longevidade e implementem uma filosofia de jogo. Com o comandante sendo trocado a cada meio ano, os times acabam sendo formados à base de remendos. Essa oscilação, no entanto, é uma das diversões dos apostadores, pois faz com que o cenário esteja sempre mudando. Plataformas como a Betfair atraem cada vez mais pessoas, e quem gosta de entretenimento esportivo pode conferir uma análise completa do site de apostas.
A mentalidade, no futebol europeu, é bastante diferente daquela que domina o esporte em nosso país. Vejamos o futebol inglês: Sir Alex Ferguson comandou o Manchester United por longos 27 anos. No período em que esteve à frente de um dos times mais ricos do mundo, ganhou duas Champions League, a principal competição da Europa. Aposentou-se quando quis e é, hoje, amado e reverenciado pelos torcedores dos Reds.
Agora voltemos ao Brasil: o português Abel Ferreira desembarcou em São Paulo em novembro de 2020. Menos de um ano após ter assumido o comando do Palmeiras, o treinador já havia conquistado uma Libertadores, a nossa Champions League, e levado o clube para a semifinal de outra (que ele acabaria ganhando). Mas, mesmo assim, em setembro de 2021, motivada por uma instabilidade no Campeonato Brasileiro, grande parte da torcida do Verdão queria a cabeça de seu comandante.
Em qualquer outro país, Abel Ferreira estaria sendo tratado a pão de ló pelos resultados obtidos em tão pouco tempo, mas aqui estava com a corda no pescoço. Por fim, o Palmeiras bateu o favorito Atlético Mineiro, na semifinal, e o também favorito Flamengo, na final, e conquistou o bicampeonato da Libertadores. Só então, o português voltou a ter tranquilidade para trabalhar – mas bastarão dois ou três tropeços insignificantes para sua cabeça estar a prêmio novamente.
Essa mentalidade tem atrapalhado muito o desenvolvimento do futebol brasileiro e, em breve, vai começar a espantar os treinadores estrangeiros que têm desembarcado no país. Isso porque ninguém vai achar atrativo mudar toda a sua vida para trabalhar em outro canto do mundo correndo o risco de ser demitido com poucos meses de trabalho. A mudança constante de treinadores impede que as equipes evoluam e também deixa os jogadores inseguros, pois cada novo treinador irá preterir uns em favor de outros. Assim, é preciso que os dirigentes tenham convicção na hora de contratar o comandante da equipe e não mudem de ideia conforme os ventos que sopram.