Fornecimento de armas e compra de objetos roubados: a prisão da ‘mãinha do crime’
Investigação da Polícia Civil aponta que a suspeita seja líder de uma quadrilha que pratica roubos com o uso de motocicletas na capital
Foto: Govesp
A prisão da mulher conhecida como “mãinha do crime” nesta terça-feira (18) pode ajudar a Polícia Civil a esclarecer casos recentes de roubos que aconteceram na capital paulista. Entre eles estão a morte do delegado Josenildo Belarmino e a de um ciclista, na quinta-feira (13), na zona sul da cidade, vítimas de latrocínio.
A suspeita de 41 anos detida hoje em Paraisópolis, na zona sul da capital, é apontada como a financiadora de crimes de roubos na cidade. Segundo as investigações, ela fornecia armamento para os criminosos e comprava objetos proveniente dos roubos.
A investigação, que já dura mais de um mês, apontou que a mulher seria a líder de uma quadrilha com cerca de oito integrantes que cometem os roubos com o uso das motocicletas em várias regiões da capital. Ela já tem passagens pela polícia por porte ilegal de arma de fogo e receptação.
Ainda segundo a Polícia Civil, os suspeitos saíam da comunidade de Paraisópolis, cometiam os crimes em bairros como Campo Belo, Itaim Bibi, Santo Amaro e Pinheiros, por exemplo, e depois retornavam ao local de origem para vender os produtos.
“É uma investigação longa, com várias equipes em campo, que com a ajuda de câmeras de monitoramento conseguimos rastrear a atuação da quadrilha", disse o delegado titular do 11º Distrito Policial de Santo Amaro, Marcel Druziani.
“Os suspeitos usam de oito a nove motos. E eles trocam de veículos, trocam as placas do veículo, trocam as ‘bags’ de entregas. Então é muito complexo”, complementou o delegado.
Apreensões
Na casa da suspeita foram apreendidas joias, aproximadamente R$ 20 mil em espécie, vários celulares, relógios, notebooks, placas de veículos, capacetes, máquinas de cartão, mochilas de entrega, colete balístico, uma bicicleta e três armas de fogo.
Todo o material passará por perícia para identificar a relação com os crimes investigados. Segundo Druziani, "há fortes suspeitas" da detida estar envolvida com os demais crimes.
A operação realizada hoje contou com policiais do 11º Distrito, além de agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap).
Investigação
Toda a investigação sobre a quadrilha começou com a morte do policial Josenildo Belarmino, na Chácara Santo Antônio, zona sul de São Paulo, em 14 de janeiro.
Durante as buscas, os investigadores levantaram provas sobre a autoria do crime e em 28 de janeiro, em cumprimento a um mandado de prisão, prenderam um suspeito pelo envolvimento no latrocínio do policial.
Os agentes continuam investigando para identificar os demais envolvidos na quadrilha.
