Flanelinha fica bravo por ganhar bolacha murcha, risca o carro e é preso em Jundiaí
Por Fábio Estevam / Jornal de Jundiaí
Um morador de rua, que atua como flanelinha na região central de Jundiaí, foi preso por guardas municiais por dano ao patrimônio particular, na manhã desta sexta-feira (26), no Centro, suspeito de ter riscado a lataria do carro de uma mulher - que é comerciante na Ponte São João -, mesmo após ela ter dado a ele um pacote de bolachas para se alimentar.
Aos GMs e, posteriormente ao delegado na Central de Flagrantes, ele confessou ter cometido o crime, com a justificativa de que a bolacha estava murcha. De acordo com os guardas que atenderam a ocorrência e outros ouvidos pela reportagem do Jornal de Jundiaí, o flanelinha preso é considerado perigoso sobretudo para transeuntes, já tendo dado anteriormente demonstrações de agressividade em situações anteriores.
COMO FOI
O Centro de Operações Táticas (COT) recebeu chamado para atender ocorrência de dano ao patrimônio, pois o carro de uma mulher havia sido danificado por um flanelinha a rua Barão de Jundiaí. Para o local foram os guardas Paulo Henrique e Samuel, que fizeram contato com a vítima, de 48 anos. "Ela nos contou que havia estacionado seu carro e, neste momento, um pedinte se aproximou e lhe pediu dinheiro. Como ela não tinha, deu a ele um pacote de bolacha e deixou o local", disse Paulo Henrique, que completou. "Ao retornar, ela foi abordada por algumas pessoas informando que o referido morador de rua havia riscado o seu carro".
De posse das características do autor dos danos, os GMs saíram à caça e, ainda no Centro, encontraram um suspeito, já bastante conhecido dos meios policiais por já ter passagens criminais e pela agressividade que demonstra com transeuntes e também com policiais toda vez que sofre uma abordagem.
Questionado sobre o fato, ele confessou ter riscado o carro de comerciante, alegando que ela lhe deu um pacote de bolacha murcha, o que lhe deixou com raiva.
Desta forma ele foi conduzido à Central de Flagrantes, onde teve decretada sua prisão em flagrante por dano ao patrimônio privado. Como o crime prevê concessão de liberdade provisória, mediante pagamento de fiança, o delegado arbitrou o valor em R$ 2 mil, o que não foi pago, sendo ele então levado para o Centro de Triagem de Campo Limpo Paulista, onde ficou para aguardar a audiência de custódia.