Família jundiaiense cai em golpe da casa na praia e faz alerta: 'que ninguém mais caia'
Durante as negociações, inclusive, o estelionatário enviou fotos e vídeos da casa que estava supostamente alugando
Por Fábio Estevam
Uma família jundiaiense com seis pessoas, entre elas duas crianças (de 1 e 5 anos), descobriu que havia caído em um golpe após viajar por cerca de três horas de Jundiaí a Boraceia, em Bertioga, no litoral de São Paulo, para quatro dias de diversão e descanso. Ao chegar no local, uma casa em que eles acreditavam que ficariam hospedados, constataram que havia moradores e que o imóvel nunca esteve para alugar. "Os moradores nos disseram que não eramos as primeiras vítimas, que outras pessoas já haviam ido até lá, acreditando terem alugado a casa deles", disse Rita de Cássia Frois Oliveira, de 53 anos, que registrou Boletim de Ocorrência na Polícia Civil. Rita acredita que, com a publicação da matéria na imprensa, as pessoas ficarão atentas e não cairão no mesmo golpe. "Eu tive mais de R$ 400 de prejuízo e, com a divulgação, espero que outras pessoas tomem conhecimento e não aconteça com mais ninguém".
De acordo com Rita, em novembro deste ano ela passou a procurar na internet por um imóvel no litoral, para alugar, para entre os dias 26 e 29 de dezembro. "No facebook eu achei uma postagem de um homem chamado Roberto, para quem passei meu número celular, para que pudéssemos negociar o aluguel da casa que ele estava anunciando", disse ela, que continuou. "No dia 25 de novembro acertamos os detalhes da locação, quando o Roberto me pediu um sinal (imediato) de R$ 200 para segurar a casa, mas que deveríamos pagar mais R$ 210 até o dia 30 de novembro, totalizando R$ 410, metade do valor acordado para toda nossa estadia (R$ 820)".
Durante as negociações, inclusive, o estelionatário enviou fotos e vídeos da casa que estava supostamente alugando para Rita, bem como um contrato de locação em nome de uma mulher, que ele dizia ser sua esposa. Já os pagamentos, via pix, seriam feitos para a conta de uma terceira pessoa. "Ele disse, também, durante nossas conversas, que dia 25 sairia um pessoal e que uma diarista deixaria tudo em ordem, e no dia 26 iria até o local para nos entregar a chave da casa".
Após isso, já com tudo acertado (inclusive com a segunda parcela do sinal, já paga), o golpista voltou a fazer contato dizendo que os atuais inquilinos haviam furado a piscina e que precisaria consertá-la, e que para isso precisava que a vítima lhe pagasse o restante do valor total do aluguel. "Eu disse, porém, que não me importava com a piscina, e que somente pagaria o restante a ele no dia 26, quando eu entrasse na casa".
O 'GRANDE' DIA
No dia 26, pela manhã, Rita, o marido, o filho, a nora e os netos deixaram o Jardim Martins, em Jundiaí, com destino a Bertioga. E após três horas, chegaram à casa que acreditavam ter alugado. "Porém, descobrimos que moravam pessoas no local. E estes nos disseram que isso já havia acontecido outras vezes", disse ela. "Tentei ligar para o Roberto, mas, claro, ele não atendeu. Fiz o BO e espero que outras pessoas leiam e que não aconteça com mais ninguém".
Por sorte, Rita e sua família conseguiram alugar um quarto em uma pousada nas imediações de onde estavam e, ainda desacreditados e lesados, conseguiram aproveitar os quatro dias na praia.
O caso será investigado pela Polícia Civil.
* com informações do Jornal de Jundiaí