Exposição celebra os mais de 50 anos de carreira de Sidney Magal
Mostra está em cartaz até 29 de julho no Centro Cultural Correios SP
Foto: Denise Andrade
Por Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil - São Paulo
Está aberta ao público a partir desta terça-feira (20) a mostra Expo Sidney Magal: Muito Mais que um Amante Latino, uma homenagem aos mais de 50 anos de carreira do artista. Reunindo aspectos inéditos e lembranças guardadas pelo cantor e dançarino, além de seu envolvimento com a música, com a televisão, o cinema, o teatro, a moda e sua legião de fãs, a exposição fica em cartaz de segunda-feira a sábado, das 10h às 17h, com entrada gratuita, até o dia 29 de julho, no Centro Cultural Correios São Paulo.
Idealizada pelo filho de Magal, Rodrigo West, a mostra tem a curadoria da jornalista e escritora Bruna Ramos da Fonte e é dividida em sete núcleos que contam a história da vida, curiosidades e a carreira do artista. No núcleo Música, o visitante verá sua discografia composta por 17 álbuns e poderá relembrar hits famosos como Meu Sangue Ferve por Você (Freddie Neyer e Jack Arel, 1973), Amante Latino (Rabito, 1973) e Sandra Rosa Madalena, a Cigana (Miguel Cidras e Robert Livi, 1978), que este ano completa 45 anos de lançamento. Haverá ainda alguns figurinos originais usados nos shows.
No núcleo televisivo Alô Terezinha, será contada a história de Magal na televisão, começando pelos primeiros programas dos quais participou até os que o levaram para o grande público. No Sétima Arte, será revisitada a atuação de Magal no cinema e no teatro, com destaque para os filmes Amante Latino(1979), e O Meu Sangue Ferve por Você. Nessa sessão serão expostos figurinos originais usados nas gravações dos filmes.
No núcleo Teatro, a exposição relembra a trajetória desde a primeira vez que Magal foi encenar My Fair Lady, no Teatro Rival (RJ), até ser protagonista em montagens como Roque Santeiro (direção de Bibi Ferreira) e ser homenageado nos palcos com o musical Sidney Magal: Muito Mais que um Amante Latino (2022). Nesse núcleo, o público poderá conferir três figurinos originais do musical.
Os fãs são lembrados na ala Legião de Fãs de todas as idades, mostrando a próxima relação de Magal com seus admiradores, por meio dos presentes que o artista recebeu ao longo da carreira e que são guardados cuidadosamente. Nesse espaço, os visitantes poderão escrever uma carta para o ídolo que será postada em uma caixa de Correio e entregues a Magal ao final da exposição.
“A exposição me emocionou do começo ao fim com as fotografias dos meus pais, do início da minha carreira, depois toda minha família, presentes de fãs, discos filmes. Enfim a minha vida a minha carreira isso emociona porque você chega nesse ponto da estrada e você tem o prazer de olhar para trás e ficar com um sorriso nos lábios, porque no começo da carreira a gente fica com um sorriso nos lábios todo dia achando que tudo serão flores, mas agora eu posso dizer que foram flores”, diz Magal.
O artista contou que sempre gostou das atitudes, das reações e das emoções do púbico e que sempre fez questão de levar para casa os presentes que as pessoas mandam para o camarim. “Às vezes são muito simples, muito pequenos, mas eu tenho que levar para minha casa, porque a gente não perde a emoção das pessoas, porque é isso que o público me deu. Foi essa alegria de viver, de ter uma carreira tão duradoura. Isso para mim é da maior importância”, ressaltou.
A curadora, escritora e designer de moda, Bruna Ramos da Fonte, destacou que além de ser um grande artista, que faz parte da cultura popular brasileira, Magal também é um ícone de moda.
“Com as suas plataformas, figurinos extravagantes com brilhos e texturas, ele influenciou e ditou tendências. Na época, os seus figurinos foram uma verdadeira revolução em um momento em que a nossa sociedade era muito mais conservadora e vivíamos a rigidez do regime militar. Quando fui convidada para assinar a curadoria dessa exposição, vi que seria uma grande oportunidade para expor, pela primeira vez, uma belíssima seleção de figurinos originais que poderia ser usada como fio condutor para contarmos a trajetória do artista”, explicou.