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Por Redação

Etec resgata fóssil de dinossauro, descoberto há quase uma década

Descoberto há nove anos, na região de Presidente Prudente, fóssil da cintura pélvica de um dinossauro de 500 kg foi resgatado e preservado para estudos

Por Redação

Foto: Thadeu Sposito

Uma operação de emergência aconteceu por iniciativa do diretor da Escola Técnica Estadual (Etec) Prof. Dr. Antonio Eufrásio de Toledo, de Presidente Prudente, para retirada do fóssil de um fragmento de dinossauro de 500 kg e 2,3 metros de envergadura. Descoberto há nove anos, na região, o fragmento estava no solo de uma fazenda prestes a ser preparado para o plantio de batata doce, entre o município de Alfredo Marcondes e o distrito de Floresta do Sul, no oeste do Estado de São Paulo.

O resgate liderado pelo diretor da Etec, o agrônomo Thadeu Henrique Novais Spósito, mobilizou parceiros e funcionários da escola, além de colaborar com a logística da operação, ciente da importância do Centro Paula Souza (CPS) no fomento da educação e das atividades científicas. Assim que foi retirado do terreno, o fóssil – a cintura pélvica de um dinossauro – percorreu 32 km até a chegar à Escola Técnica. Encontrado em 2013 por uma equipe da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o fóssil de dinossauro saurópode não pôde ser retirado na época devido à falta de verba. Entre os dias 22 de janeiro e 6 de fevereiro, os ventos começaram a mudar: a Etec serviu de base de alojamento para pesquisadores e paleontólogos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), agora no comando da missão, prontos para içar o fragmento graças à verba liberada pela aprovação do projeto em edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O período chuvoso, porém, concorreu para o adiamento da empreitada. Para preservar a peça, pesquisadores e alunos, sob a coordenação do professor André Piacentini Pinheiro, do Campus de São Gonçalo, da UERJ, a revestiram com gesso. Finalmente, no dia 14 de fevereiro, a operação pôde ser concluída. Ao menos em parte.

O destino do dinossauro

“A peça está muito frágil e não pode ir para o Rio de Janeiro agora”, explica Spósito, ex-aluno da Etec e atual diretor da unidade. “O próximo passo é estudar o fóssil, que precisa ser preparado em Presidente Prudente”, conta.

Nessa colaboração entre a Escola Técnica e a UERJ, os pesquisadores voltarão à Etec uma vez por semestre para ministrar cursos de Educação Ambiental e Paleontologia na unidade e em escolas municipais da região. “Temos que educar os pequenininhos, formar crianças conscientes.”, avalia. “A pandemia do coronavírus nos ensinou que não podemos seguir adiante sem olhar para o passado, e por isso esse trabalho é importante.”

Quase centenária

No próximo mês de junho, a Etec Prof. Dr. Antonio Eufrásio de Toledo, tradicionalmente conhecida como Colégio Agrícola, completa 80 anos.  A unidade oferece cursos nas áreas Agrícola, de meio Ambiente e Tecnologia. A região onde a escola está localizada é conhecida pela quantidade de fósseis encontrada pelos paleontólogos – de aves a dinossauros – e a Etec abriga vários desses fragmentos.

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