Estado de São Paulo distribui cerca de 18,5 milhões de comprimidos para tratamento de colesterol alto em 2024
Detecção e controle adequados do colesterol alto ajudam a prevenir doenças cardiovasculares, ressalta cardiologista do Hospital Japonês Santa Cruz
Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, houve um aumento na distribuição de medicamentos para o tratamento de colesterol alto. Nos primeiros cinco meses de 2024, foram distribuídos cerca de 18.508.235 comprimidos, representando um crescimento de 11,60% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram distribuídos 16.584.054 comprimidos. Em 2023, a distribuição anual totalizou 41.465.940 comprimidos para pacientes com colesterol alto, um aumento de 7,98% em comparação aos 38.401.549 comprimidos distribuídos ao longo de 2022.
“O colesterol é uma substância gordurosa essencial para o funcionamento do organismo, pois participa da formação de hormônios. No entanto, níveis elevados de colesterol, especialmente a lipoproteína de baixa densidade (LDL), conhecida como 'colesterol ruim', podem levar à formação de placas nas artérias, aumentando o risco de doenças cardiovasculares. Por outro lado, a lipoproteína de alta densidade (HDL), ou 'colesterol bom', ajuda a remover o excesso de colesterol do sangue, transportando-o de volta ao fígado para ser eliminado”, explica o cardiologista do Hospital Japonês Santa Cruz, Dr. Abílio Fragata.
No dia 8 de agosto é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. A data foi criada para promover a conscientização sobre a doença, que é considerada um dos fatores que mais contribuem para o desenvolvimento de diversas doenças cardiovasculares. Segundo o Ministério da Saúde, essas doenças são a principal causa de mortalidade no Brasil, com 300 mil mortes anuais. Cerca de 40% da população brasileira tem colesterol elevado.
“As principais causas de doença coronária, que pode evoluir para o infarto do miocárdio, incluem uma dieta rica em gorduras saturadas e trans, falta de exercício, sobrepeso e condições genéticas, como histórico familiar, diabetes, entre outras. Além disso o uso de certos medicamentos, tabagismo e consumo excessivo de álcool também contribuem. O colesterol alto é silencioso, apresentando sinais quando há comprometimento das artérias. O comprometimento das artérias coronárias pode levar a dores no peito, cansaço e dificuldade para respirar”, explica o cardiologista.
A prevenção do colesterol alto inclui uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras saudáveis, como as encontradas no azeite de oliva e nos peixes, além da prática regular de atividades físicas e da manutenção de um peso saudável.
“Além do uso dos medicamentos prescritos pelo médico, é fundamental adotar mudanças no estilo de vida para controlar o colesterol alto. A realização de exames de rotina também é essencial para monitorar os níveis de colesterol e identificar precocemente possíveis problemas de saúde. A detecção e o controle adequados do colesterol alto ajudam a prevenir doenças cardiovasculares e garantir uma saúde melhor a longo prazo”, declara Dr. Abílio Fragata.
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