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Época de chuvas: é preciso ter atenção à infestação de caramujos africanos

Por Redação

Foto: Divulgação

Recentemente algumas regiões de Campinas têm convivido com a invasão de caramujos africanos. Trata-se de um molusco marrom com cerca de 10cm. A espécie foi trazida para o Brasil na década de 80, como um substituto mais rentável que o escargot. Porém, não vingou e os criadores soltaram os moluscos inadvertidamente na natureza, sem imaginar o mal que estavam causando. Neste período de chuva, os caramujos se multiplicam e causam preocupação para a população, uma vez que podem causar doenças e prejudicar plantações.

A infectologista Vera Rufeisen, do Vera Cruz Hospital, em Campinas, recomenda alguns cuidados. “Esses moluscos invadem hortas e jardins em ambientes urbanos e em áreas agrícolas têm sido considerado uma praga, especialmente em plantações de banana, brócolis, batata-doce, abóbora, tomate e alface. Por isso, ao consumir legumes e verduras, é muito importante fazer uma boa higienização, uma vez que estes podem estar contaminados com o muco do caramujo”, alerta. A sugestão é deixar os alimentos de molho em uma solução de hipoclorito de sódio a 1,5% (1 colher de sopa de água sanitária diluída em um 1 litro de água filtrada) por cerca de 30 minutos, antes de serem consumidas.

Segundo a especialista, o caramujo africano pode transmitir duas zoonoses (doenças transmitidas de animais para pessoas), mas no Brasil não há registros, até o momento, de tais casos. “Uma delas é a meningite eosinofílica, doença rara e ainda não diagnosticada em nosso país. Essa doença já foi registrada em ilhas do Pacífico, no sudoeste asiático, Austrália e Estados Unidos, mas no Brasil não há nenhum registro. A outra doença é a angiostrongilíase abdominal, que muitas vezes é assintomática, mas em alguns casos pode levar ao óbito, por perfuração intestinal e peritonite. No Brasil já foram diagnosticados casos, porém, não com transmissão pelo caramujo africano”, explica.

A infectologista considera que o risco do caramujo africano transmitir as duas doenças é pequeno. No entanto, salienta que não se deve colocar as mãos em moluscos encontrados na natureza e nem tão pouco ingeri-los. Caso haja necessidade de tocar nos moluscos, para remove-los de alguma superfície, a recomendação é proteger as mãos com luvas ou sacos plásticos.

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