Jornal de Itatiba Portal de notícias de Itatiba

Menu
Notícias
Por Redação

Enfermeiro da PM fala sobre a missão de transportar órgãos: “Não é uma caixa, é uma vida”

Por Redação

Foto: SSP-SP

“Um senhor se aproximou e perguntou se podia falar comigo. Apontando para a caixa, disse: ‘É meu filho’. Naquele momento, fiquei sem palavras. Sou pai e me coloquei no lugar dele. Ele pediu para fazer uma oração pela última vez e se despedir. Comecei a pensar que não é simplesmente uma caixa que está ali, é uma vida, uma família.”

O relato é do subtenente Rogério, da Divisão de Medicina do Comando de Aviação da Polícia Militar (CavPM). Enfermeiro da PM, ele é um dos responsáveis por ajudar no transporte de órgãos para transplantes. 

Rogério conta que a cena aconteceu quando a equipe estava saindo do hospital para transportar um coração de Sorocaba até São Paulo. “Este foi o momento mais marcante da minha carreira”, conta ele, que está há 27 anos na Polícia Militar e 14 no CavPM.

É por meio da Divisão de Medicina que a ocorrência de transporte de órgãos chega ao conhecimento do CavPM. A solicitação entra no Sistema Estadual de Transplante, da Secretaria de Estado da Saúde, e passa pela triagem da PM para coleta de informações pertinentes. O procedimento é feito para planejar de forma eficaz a logística do transporte e garantir que o órgão chegue em condições adequadas para que seja transplantado. 

Essa rapidez e eficiência no trabalho influenciam muitas vidas, como a de Cinthia, que aguardava na fila para receber um pâncreas há sete anos. Acompanhada do marido, ela estava em um evento em São José do Rio Preto, a 442 km de distância da capital paulista, quando recebeu, às 9h de domingo (3/9), a informação de que havia um órgão compatível, mas que precisaria chegar no hospital às 13h. De ônibus o trajeto levaria mais de sete horas. Por outro lado, a passagem de avião custava quase R$ 6 mil. Foi então que pediram ajuda na base aérea da PM em São José do Rio Preto, que fez o transporte e garantiu a realização do transplante. 

Transporte de órgãos em números

O Comando de Aviação da PM auxilia em muitos transportes de órgãos para transplantes. Para sucesso na realização do processo é imprescindível a agilidade e segurança provida pelos policiais. Somente no ano de 2022, foram realizados 41 transportes e, até outubro de 2023, foram 50 vidas salvas com auxílio dos militares.

A Polícia Civil também presta o serviço de transporte de órgãos pelo helicóptero Pelicano, do Serviço Aerotático (SAT).  

A cooperação entre Polícia Civil e a Central de Transplantes acontece por meio do acionamento do Serviço Aerotático, em seguida a decolagem, embarque de equipes médicas e o desembarque em hospitais.

Em 2022, foram realizados 19 de TROV e aeromédicos. Até outubro de 2023, foram 14.

tópicos

Não conseguimos enviar seu e-mail, por favor entre em contato pelo e-mail

Entendi

Nós usamos cookies

Eles são usados para aprimorar a sua experiência. Ao fechar este banner ou continuar na página, você concorda com o uso de cookies. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

Aceitar todos os cookies