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Por Thatylla

Empresário itatibense pede que governo incentive a produção nacional

A produção da empresa itatibense Stamptex teve que se adaptar e passou a produzir máscaras de pano para atender o mercado local

Por Thatylla

Foto: JI/Lucas Selvati

Da Redação

Todos os setores econômicos estão sendo afetados pela pandemia causada pelo novo coronavírus (covid-19). Em um deles, o setor têxtil está buscando alternativas para sair da situação incômoda, e em Itatiba, o empresário Léo Sesti, proprietário da Stamptex, que há 40 anos trabalha no ramo, optou por mudar a produção de sua empresa, passando de itens de decoração para máscaras de tecido.

Em entrevista ao Jornal de Itatiba, Léo Sesti afirmou que, “para não demitir funcionários, costureiras, decidimos produzir máscaras de qualidade para poder atender ao mercado local”, disse o empresário.

“Desde a abertura de importações nos anos 80, o setor têxtil começou a ser afetado por empresas europeias em pequena escala, mas, principalmente, há dez anos, com a invasão de tecidos vindos principalmente da Ásia. Nosso mercado ficou muito complicado, com fechamento de centenas de pequenas e médias tecelagens e fiações, ou seja, não valia mais a pena produzir, não tínhamos como competir com o mercado asiático, não houve em mercado. Deveriam sobretaxar muitos produtos importados e também aliviar a carga de impostos que atinge todo o setor produtivo nacional. É um absurdo o que se cobra de impostos e taxas neste País”, disse Léo.

“Pensando na recuperação do mercado brasileiro, o empresário itatibense apresentou como sugestão que o governo faça uma campanha nacional do “compre produtos feitos no Brasil”. “Penso que a saída, agora, é que o governo incentive as indústrias a comprarem a globalização, criando empregos e concedendo empréstimos a médio prazo e com juros competitivos via BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal aos empresários, até porque a taxa Selic, que é referência em nosso mercado financeiro, está em patamares nunca antes vistos, ou seja, está em baixa. E precisamos, também, retomar imediatamente as obras da construção civil, o que vai gerar milhares de empregos diretos e em cascata”, afirmou Sesti.

 A participação de toda a sociedade, na opinião do empresário, seria fundamental neste processo. Desde o cliente, fabricantes, distribuidor e, principalmente, o governo neste sentido de recuperar a economia nacional. Para ele, o produto nacional teria que ter uma etiqueta ou uma embalagem especial, que o identificasse e mesmo o vendedor seria instruído a oferecer o produto fabricado no País. “E claro, é preciso um marketing forte em cima dos produtos nacionais, destacando a qualidade deles, pois o brasileiro é muito antenado ao que acontece no mundo e tem potencial para desenvolver produtos de primeira qualidade”, afirma Léo.

Medidas do governo

Questionado sobre como fazer com que as empresas brasileiras deixem de comprar fora a matéria prima e voltem a comprar no Brasil, o empresário itatibense afirmou que, “é preciso que o governo tome medidas de contenção quanto aos importados, analisando um custo médio de produção nacional e limitando a entrada de produtos com valor infinitamente menor a essa média. Lógico que tudo isso dependeria da redução de impostos”.

“A reforma tributária é extremamente necessária para reformular o mercado econômico brasileiro. Isso é falado há anos, mas nunca foi feito. Lógico que isso mexe com interesses políticos, mas acredito que o governo atual está disposto a mexer nesta situação. Temos que agir como países de primeiro mundo, que ganham dinheiro com a quantidade e não com lucro nos produtos”, finalizou o representante da empresa Stamptex, em Itatiba.

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