Em apenas dez dias, três tatus-galinha são atropelados na região de Jundiaí
Foto: Divulgação
Nem mesmo o tatu-galinha, com sua resistente carapaça, escapa dos terríveis atropelamentos que aumentam cada vez mais, além de ser um animal com hábitos noturnos, período em que os motoristas devem redobrar a atenção. Em apenas dez dias, por exemplo, três indivíduos chegaram ao Cras da Mata Ciliar para os cuidados da equipe, após serem atropelados. Porém, infelizmente, nenhum sobreviveu.
O último caso ocorreu nesta segunda-feira (22), quando funcionários de uma concessionária trouxeram um jovem tatu-galinha, encontrado na rodovia dos Bandeirantes, no município de Jundiaí. Ele chegou extremamente debilitado, com lesões em seu corpo e no rosto, tendo perdido parte do nariz e das orelhas. Já os outros dois chegaram no mesmo dia, no domingo (12), sendo um resgatado em uma via pública de Jundiaí e o outro em Campo Limpo Paulista.
“Ambos chegaram com lesões visíveis e preocupantes, o de Jundiaí estava com uma parte de sua carapaça arrancada na região do dorso, enquanto o de Campo Limpo Paulista estava com uma laceração na parte lateral do corpo, com exposição de musculatura. Iniciamos o tratamento com limpeza e medicação, porém, não resistiram aos ferimentos. Durante a necrópsia, também foi constatado uma fratura de coluna no animal de Jundiaí, além de danos neurológicos, mostrando a força do impacto com o veículo, em que arrancou uma parte da carapaça e causou lesões vertebrais. E no outro foi constatado rupturas de alguns órgãos internos, que ocasionaram em uma hemorragia”, explica André Moura, médico veterinário do setor de patologia da Mata Ciliar.
Os municípios de Jundiaí e Campo Limpo Paulista possuem parceria com a Mata Ciliar, que contribuem para o recebimento e reabilitação de animais silvestres.