Em apenas 15 dias, cinco tatus-galinha chegam ao Cras da Mata Ciliar
Foto: Divulgação
Mesmo com uma carapaça resistente e se abrigando em tocas no subterrâneo, o tatu-galinha sofre com a perda de seu habitat e o conflito com zonas urbanas em expansão. Como exemplo, em apenas 15 dias o Cras da Mata Ciliar recebeu cinco indivíduos da espécie. Sendo os dois últimos na sexta-feira, quando a Guarda Municipal de Itatiba trouxe um adulto, após ter sido encontrado debaixo de um veículo em via pública e, em seguida, agentes da prefeitura de Paulínia trouxeram outro adulto, depois que a roda de um trator raspou nele.
Após as primeiras análises de nossa equipe, foi constatado que o animal que veio de Itatiba está bem de saúde, sem nenhuma alteração clínica evidente e, após observações de seus comportamentos, será realizada sua soltura.
Já o de Paulínia apresentava um corte na carapaça e segue sob nossos cuidados. “Ele chegou bem ativo, mas com uma lesão na lateral, então iniciamos um procedimento com medicação. Como ele está estável e sem problemas de comportamento, acreditamos que sua recuperação será rápida e logo volte à natureza”, pontua Giulianna Devechi, médica veterinária da Mata Ciliar.
Os outros casos ocorreram no dia 23 de fevereiro, quando a Guarda Municipal de Vinhedo encontrou o animal, em óbito, em uma construção; outro no dia 29, entregue pela prefeitura de Louveira, vítima de atropelamento e segue sob nossos cuidados; e o outro chegou na última quinta-feira (7), resgatado pela Guarda Municipal de Cajamar depois que o encontraram em um condomínio, porém, infelizmente, veio à óbito.
Os municípios de Itatiba, Paulínia, Vinhedo, Louveira e Cajamar possuem parceria com a Mata Ciliar, que contribuem para o recebimento e reabilitação de animais silvestres.