‘É necessário intensificar a atenção aos pacientes em época de pandemia’, comenta psicóloga
A psicóloga da Santa Casa de Itatiba afirmou que houve bastante aumento na demanda de psicólogos em período de pandemia
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Foto: Lucas Selvati/JI
Da Redação
Neste ano atípico por conta da pandemia do coronavírus, o trabalho de psicólogos ficou ainda mais em evidência, e a psicologia hospitalar também faz parte disso, já que houve muitas mortes e casos graves causados pelo vírus.
Segundo a psicóloga da Santa Casa de Misericórdia de Itatiba, Patrícia Juliana Ferrari Martins, em entrevista ao Jornal de Itatiba, as principais funções de um psicólogo em ambiente hospitalar é “amenizar o sofrimento causado pelas doenças e hospitalização, o acolhimento em momentos de luto, humanização do ambiente hospitalar e, também, atuar como conjunto em equipe multidisciplinar, a fim de colaborar na eficácia do tratamento e servir de apoio às demandas da equipe”.
Cuidados na pandemia
A psicóloga conta que teve a rotina toda alterada por conta da pandemia causada pelo coronavírus. “Foi necessário a abertura de alas específicas para tratamento de covid-19, e adequação das já existentes; nessas alas de isolamento, os pacientes não podem receber visitas, ficando isolados dos familiares e do mundo. Nessa hora, buscamos ao máximo humanizar o ambiente e o tratamento para amenizar o sofrimento que o isolamento causa; uma das ações tomadas, por exemplo, é tentar manter o contato, ainda que breve, com a família, através de chamadas de vídeo e apoio psicológico”, conta Patrícia.
Saúde mental e a covid-19
A psicóloga conta que, por conta do isolamento social, a demanda pelos serviços psicológicos aumentou bastante, “uma vez que a pandemia causou e causa muitas repercussões emocionais. Dessa forma, é necessário intensificar a atenção aos pacientes e seus familiares, bem como aos colaboradores do hospital”, explica.
“Devido à pandemia, houve um impacto muito grande na saúde mental das pessoas, porque são muitos medos e muitas mudanças. O isolamento social nos obrigou a aprender a lidar com familiares em casa, tendo que se relacionar o tempo todo, e tudo isso causa uma mudança no estilo de vida. Foi comprovado, inclusive, um aumento no índice de depressão e ansiedade, pois são transtornos que, muitas vezes, as pessoas não sabem como lidar”, completa Patrícia.
