DRS-Campinas registra queda de 7,8% nos casos de covid-19; mortes reduzem 8,1%
8,7 mil pessoas foram contaminadas pela covid-19 no DRS-Campinas entre os últimos dias 2 e 8
Foto: Lucas Selvati/JI
Da Redação
O Departamento Regional de Saúde de Campinas (DRS-Campinas) registrou 8,7 mil novos casos de coronavírus e 810 óbitos pela doença entre os últimos dias 2 e 8 (18ª semana epidemiológica). De acordo com estudo do Observatório PUC-Campinas, o número de casos caiu 7,5% no período; já as mortes reduziram 8,1%.
Na Região Metropolitana de Campinas (RMC), a análise do Observatório revelou que houve queda de 36,6% nos óbitos ocasionados pela covid-19 entre os dias citados.
Contudo, para o infectologista André Giglio Bueno, os últimos dados sinalizam redução do ritmo de queda. “Portanto, ainda dependemos do comportamento individual das pessoas e das medidas do poder público estadual e municipal”. Ele ressaltou que o governo federal continua alheio a todo esse processo, “sem estratégias de comunicação que ajudem a conscientizar a população”.
Aumenta o número de internações
Quanto ao número de internações pela covid-19 no DRS-Campinas, o estudo do Observatório indicou aumento de 1,4%. Para Bueno, isso se deve às medidas de flexibilizações feitas pelo governo de São Paulo, que permitiram a reabertura de comércio, bares e restaurantes, ocasionando maior circulação de pessoas nas ruas.
O DRS-Campinas, assim como todo o estado, encontra-se na fase de transição, entre a vermelha e a laranja, desde meados de abril. O infectologista afirmou que não há informações claras sobre esta fase. “Não estão disponíveis os critérios para alterar suas recomendações iniciais, nem mesmo as bases para frear eventuais flexibilizações. A impressão é que o governo está cedendo às pressões de setores comerciais”.
Recuperação econômica
Para o economista Paulo Oliveira, responsável pelas notas relativas à covid-19 no Observatório, a manutenção e a força da retomada dependem, agora, da eficácia das medidas de isolamento, do avanço e da eficácia da vacinação. No DRS-Campinas, até o momento, 15,5% da população recebeu a primeira dose, e 9,7% a segunda.
“Além disso, a recuperação depende de medidas realmente efetivas de proteção da renda e do emprego. Sem elas, a retomada da atividade econômica regional será lenta”, comentou Oliveira.