Dólar atinge R$ 5,00 pela 1ª vez, mas desacelera em meio a leilões
O Banco Central (BC) elevou pouco antes da abertura dos negócios a oferta no leilão à vista, de US$ 1,5 bilhão para US$ 2,5 bilhões
Por Silvana Rocha
O dólar abriu no patamar de R$ 5,00 no mercado doméstico pela primeira vez na história do País, nos primeiros negócios desta quinta-feira, 12, em meio ao pânico global dos investidores com a pandemia de coronavírus e a decisão dos EUA de suspender todos os voos da Europa (exceto Reino Unido e Irlanda) para o país pelos próximos 30 dias, a partir desta Sexta-feira (13).
O Banco Central (BC) elevou pouco antes da abertura dos negócios a oferta no leilão à vista, de US$ 1,5 bilhão para US$ 2,5 bilhões. Dessa oferta, foram vendidos apenas US$ 1,278 bilhão, e logo depois o BC anunciou outra oferta à vista equivalente à diferença não negociada no leilão anterior. Na segunda intervenção foram ofertados US$ 1,250 bilhão e vendidos apenas US$ 332 milhões.
O dólar futuro de abril já entrou em leilão em dois momentos nesta manhã. A primeira vez após ter batido a máxima de R$ 5,034 (+4,36%) depois dos primeiros negócios e a segunda vez quando era cotado em R$ 4,925 (+2,10%), de acordo com o AE Dados.
O responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagen, diz que é a primeira vez que o dólar comercial chega a ser negociado a R$ 5,00 ou acima disso, e é uma resposta a tudo que está acontecendo, decorrente do pânico global com coronavírus e de ruídos políticos internos. "O principal catalisador é a pandemia do coronavírus, mas a derrota do governo na votação do BCP traz preocupação com o fiscal", avalia
Às 9h56 desta quinta, o dólar à vista subia 4,02%, a R$ 4,9155. Na máxima registrou R$ 5,0280 (+6,47%) e, na mínima, R$ 4,8740 (+3,21%). O dólar para abril subia 2,31%, a R$ 4,930. Na máxima, registrou R$ 5,034 (+4,36%) e, na mínima, R$ 4,910 (+1,79%).