DIG de Jundiaí prende sete pessoas por quatro tipos de crimes em desmanche de caminhões
Foto: Divulgação / Polícia Civil
Por Fábio Estevam / Jornal de Jundiaí
Policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de Jundiaí, acabaram nesta quinta-feira (26), com um grande esquema de receptação, desmonte e venda de peças de caminhões roubados e furtados, em Itatiba. Sete pessoas, entre elas o dono da empresa, foram presas em flagrante por crimes contra a ordem tributária, receptação, adulteração de sinal identificador de veículos e associação criminosa (também conhecido como formação de quadrilha). De acordo com a DIG, os crimes ocorriam em uma empresa legalizada - que inclusive funcionava com aval do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) -, mas que por 'debaixo dos panos' também atuava de forma ilegal.
Segundo o delegado-titular Marcel Fehr, denúncias sobre possíveis crimes levaram a DIG a investigar a referida empresa, que fica próxima a duas rodovias importantes que cortam a cidade, o que facilitava as atividades da quadrilha. Durante algumas semanas os investigadores fizeram trabalho de campana e filmaram e fotografaram situações suspeitas no local. "Inicialmente percebemos que os caminhões chegavam ao local trazidos sobre guinchos e não mais saíam de lá. Então passamos a checar as placas desses caminhões e detectamos situações suspeitas quanto à possível procedência desses veículos", disse o delegado. "Desta forma continuamos as diligências e campanas, até descobrir que no local, de fato, funcionava uma empresa legalizada para desmonte de caminhões e venda de peças, mas que paralelamente eles também compravam veículos produtos de crimes para realizar a mesma atividade, só que de forma criminosa", explicou.
Durante as investigações foram identificadas mais de 10 pessoas suspeitas de envolvimento com o esquema, entre elas 'funcionários' e o dono da empresa. O delegado então solicitou à Justiça mandados de busca e apreensão para o galpão da empresa e três residências, todas em Itatiba - a do proprietário e de mais dois possíveis 'cabeças' da organização criminosa. "Nesta quinta nós cumprimos os mandados, com apoio da GM de Jundiaí - com cães farejadores para procurar por armas -, mas nas casas não encontramos nada de ilícito. Já no galpão, chegamos cedo e prendemos seis 'funcionários', quando eles chegavam para trabalhar. O dono foi preso na casa dele mesmo".
Na empresa foram apreendidos dois caminhões já identificados como produtos de crime, além de um terceiro caminhão, suspeito, que passará por perícia. "Também foram apreendidas muitas peças e três carros pertencentes ao proprietário, usados no dia a dia de trabalho da empresa e que podem ter sido comprados com o dinheiro conseguido de forma criminosa", comentou Fehr.
Os sete homens foram conduzidos à sede da DIG, em Jundiaí, onde foram presos em flagrante e indiciados, sendo todos levados posteriormente para o Centro de Triagem de Campo Limpo Paulista.
Fehr ainda destacou; "já solicitei à Justiça a prisão preventiva de todos eles, para que não sejam soltos durante a audiência de custódia, com o objetivo de não atrapalhar a sequência das investigações caso sejam soltos. Também vamos atrás de outros envolvidos, já identificados".
