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Por Thatylla

Dezembro Laranja: Mês é utilizado para a conscientização sobre câncer de pele

Um dos principais tipos de câncer de pele é o melanoma, que acontece nas células de pigmento, os melanócitos

Por Thatylla

Foto: Reprodução

Da Redação

Neste mês de dezembro, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove a Campanha Dezembro Laranja, como prevenção ao câncer de pele.

Correspondendo a 33% dos diagnósticos de neoplasias no Brasil, o câncer de pele é o mais frequente no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Este câncer é provocado pelo crescimento exagerado e descontrolado de células de um organismo vivo, as quais têm a capacidade de se multiplicar continuamente, com elementos irregulares, que fogem ao padrão do tecido de onde se originam, espalham-se por contiguidade ou por via sanguínea (metástase).

Como se manifesta

Em entrevista ao Jornal de Itatiba, o médico dermatologista dr. Octavio Moraes explicou como o câncer de pele se manifesta e quais os sintomas mais comuns. “O câncer [de pele] se manifesta como pápulas ou nódulos – ‘bolinhas’ ou caroços – de crescimento rápido; feridas sem causa evidente – trauma-, que não cicatrizam com antissépticos e antibióticos; e manchas escuras, de crescimento progressivo”, explica o médico.

Ainda, segundo dr. Octavio, o câncer de pele pode apresentar sinais e sintomas de prurido (coceira), edema (inchaço) e inflamação (avermelhamento).

Causas

Dr. Octavio explica que a principal causa do câncer de pele é a mudança de comportamento das células da pele. Existem dois tipos principais: os queratinócitos (células responsáveis pelo revestimento e proteção mecânica do corpo) e melanócitos (células de pigmento, responsáveis pela cor e proteção pigmentar).

“Na maioria das vezes, a causa dessa mudança de comportamento é o efeito da radiação solar sobre as células. Nelas, existe um componente chamado núcleo, dentro do qual está o DNA. Esse componente é como um programa de computador, se sofre alteração, não funciona; o mesmo ocorre com o DNA celular, se a radiação penetrar nele e conseguir alterar sua estrutura. Isso acontece, geralmente, em um longo prazo, por isso o câncer de pele acomete mais pessoas de idade avançada”, explica o dermatologista.

O médico explica, ainda, que o câncer de pele mais comum se origina nas células de revestimento, e, caso isso aconteça nas peles de pigmento, pode ocorrer um câncer mais grave e agressivo, o melanoma.

Tipos de câncer e diagnóstico

Os três principais tipos de câncer de pele são: o carcinoma basocelular, que ocorre nas células da camada basal; o espino celular, que ocorre um pouco mais acima, nas células da camada espinhosa; e o melanoma, que acontece nas células de pigmento, os melanócitos.

“O diagnóstico básico é visual, um profissional médico experiente pode fazer isso com facilidade, eventualmente pode solicitar um exame de confirmação. Para o leigo, a orientação é de desconfiar de lesões de crescimento rápido, que apresentem sangramento sem causa aparente, que estejam apresentando sinais e sintomas de dor, inflamação e mudança de cor”, explica o dermatologista.

Tratamento e prevenção

Segundo o médico, o tratamento de preferência é o cirúrgico, onde a lesão suspeita é removida com margem de segurança (2 a 5 mm) e encaminhada para o exame a fim de verificar se foi completamente eliminada. Caso isso não ocorra, a cirurgia deve acontecer novamente, para ampliar e ter segurança de eliminação total da lesão. “Algumas situações podem permitir um tratamento por meio de medicamento ingerido ou aplicado sobre a pele, além de métodos físicos, como as cauterizações pelo calor (eletrocoagulação e laser) e frio (crioterapia com nitrogênio líquido) ou radiação (radioterapia)”, diz.  

O médico alerta para a necessidade de prevenção. “É por este motivo que os dermatologistas promovem, neste mês, o Dezembro Laranja, para estimular a visita ao profissional médico, principalmente por aquelas pessoas que apresentam sinais e sintomas”.

A prevenção pode ser feita pela observação do comportamento da pele; o ideal é que a cada 15 ou 30 dias as pessoas se acostumem a fazer um autoexame, observando a pele diante de um espelho, sem roupa e sob boa iluminação.

“Agindo desta forma, consegue-se perceber, antecipadamente, locais suspeitos. Um exame atualmente muito utilizado é o mapeamento corporal fotográfico digital. Ele funciona como uma mamografia, que fotografa a mama e dá condições ao examinador de orientar a paciente. Assim é no mapeamento, pessoas que tenham muitas pintas, história pessoal ou familiar de câncer de pele, devem procura orientação sobre a possibilidade de realizar esse exame que é feito pelo dermatologista, no próprio consultório, utilizando equipamento especial para registrar as lesões e permitir a elaboração de um laudo que destaque lesões e fatores de risco para aquele paciente. Esse exame deve ser repetido anualmente para poder comparar a evolução das lesões existentes”, finaliza dr. Octavio.

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