Departamento de Zoonoses de Vinhedo recebe profissionais da região para debater leishmaniose visceral
Participaram do encontro de profissionais das cidades de Jundiaí, Itupeva, Jarinu, Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista, Amparo e Louveira
Foto: Pref. Vinhedo
Representantes do Departamento de Zoonoses de municípios da região de Vinhedo estão se reunindo regularmente para criar um protocolo padrão de combate e atendimento à leishmaniose visceral. A primeira reunião aconteceu em Jundiaí e a segunda foi realizada em Vinhedo, nesta semana, com a participação de profissionais das cidades de Jundiaí, Itupeva, Jarinu, Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista, Amparo e Louveira.
Os técnicos das cidades da região vão se reunir uma vez por mês para debater soluções, cooperação e parcerias. Segundo o gerente do Departamento de Zoonoses de Vinhedo, Túlio Delaqua, os municípios entenderam a importância de atuar em conjunto para enfrentar uma doença relativamente nova, a leishmaniose visceral, que pode ser transmitida, através de mosquito, entre animais e também para as pessoas.
Um caso de leishmaniose visceral em humano, uma mulher de 54 anos, foi registrado em setembro deste ano em Sorocaba. Até julho, conforme a Secretaria Estadual de Saúde, o estado de São Paulo teve 33 casos da doença.
Doença e sintomas
A leishmaniose visceral não é contagiosa nem transmitida diretamente de uma pessoa para outra, de um animal para outro ou dos animais para as pessoas. A transmissão acontece através da picada de mosquito fêmea infectada, os flebotomíneos, popularmente chamados de “mosquito palha” ou “cangalhinha”. Eles são pequenos, de cor clara e pousam de asas abertas. O mosquito se contamina com o sangue de pessoas e animais doentes e transmite o parasito a pessoas e animais sadios.
A maioria dos cães não desenvolve sinais e sintomas clínicos. Nos casos em que se manifestam, são frequentes, nos animais, apatia, perda de apetite, emagrecimento progressivo, feridas na pele, no focinho, orelhas, articulações e cauda que demoram a cicatrizar, descamação e perda de pelos, crescimento exagerado das unhas, problemas oculares, diarreia com sangue e paresia dos membros posteriores.
Pessoas infectadas apresentam febre intermitente com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia, sangramentos na boca e nos intestinos.