Dengue causa mais duas mortes na RMC e total chega a 65
Cosmópolis registrou a sua primeira vítima fatal no ano, enquanto Itatiba confirmou o sexto óbito
Foto: Divulgação
Por Eliane Santos/Jornal Correio Popular
A Região Metropolitana de Campinas (RMC), composta por 20 cidades, chegou a 65 óbitos por dengue. Pelo Painel de Monitoramento de Dengue do Estado de São Paulo, os dois últimos casos foram registrados em Itatiba, que acumula agora seis mortes, e Cosmópolis, com a primeira vítima fatal. A região totaliza 151.646 notificações positivas da doença, 3.040 casos com sinal de alarme, 225 graves e ainda 115 mortes em investigação. Em Campinas, o mosquito Aedes aegypti já infectou 101.175 pessoas com a doença e matou 30.
Em Cosmópolis, que tem 1.392 casos, quatro com sinal de alarme e um grave, a vítima era do sexo masculino, na faixa etária de 65 a 79 anos. Os primeiros sintomas foram detectados no dia 24 de maio e o óbito aconteceu quatro dias depois (28/05). O Painel de Monitoramento em questão traz dados da epidemia em todo o Estado de São Paulo. No entanto, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde, a atualização dos dados é de competência dos municípios e é passível de incorreções.
O outro óbito, ainda de acordo com o Painel de Monitoramento do Estado, ocorreu em Itatiba, que soma em 2024 seis vítimas fatais pela doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. A cidade tem 5.324 registros de dengue. A última vítima também é um homem, na faixa de 35 a 49 anos. Os sintomas começaram no dia 3 de maio e o homem faleceu no dia 9 do mesmo mês.
A cidade de Itatiba conseguiu utilizar 100% das vacinas contra a dengue recebidas no início de abril. Todas as 1.928 doses foram aplicadas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A marca foi atingida logo no início do mês de maio. "Itatiba se mostrou mais uma vez muito engajada na vacinação, desta vez na campanha da vacina contra dengue – que foi bastante significativa na cidade. Agradecemos o apoio e o compromisso de todos os servidores que se mobilizaram para atender à demanda em menos de um mês e proteger estas crianças com a primeira dose do imunizante de forma rápida e organizada", comentou o secretário de Saúde, Renan Dias Irabi, ao anunciar o feito.
PREVENÇÃO
A melhor forma de prevenção contra a dengue é a eliminação de qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouro, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. É importante, ainda, vedar a caixa d’água e manter fechados vasos sanitários inutilizados.
Estatísticas das secretarias municipal e estadual de Saúde mostram que 80% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti estão nas residências. Portanto, o enfrentamento à epidemia exige esforço compartilhado entre Poder Público e população para eliminar qualquer espaço com água que possa ser usado pelo inseto para proliferação.
A Secretaria Municipal de Saúde acredita que com amudança da temperatura, pela chegada do frio, a doença vá desacelerar, mas alerta que o combate deve ser contínuo. A recomendação é fazer uma varredura, principalmente nas residências, uma vez por semana, para eliminação de possíveis criadouros do mosquito transmissor da doença.
ORIENTAÇÕES
A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. Portanto, a Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação. Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.