De acordo com secretário de Obras, barragem será construída em oito meses
O projeto de construção da barragem foi apresentado em audiência pública no último dia 10
Da Redação
A Prefeitura de Itatiba, por meio da Secretaria de Obras e Serviços Públicos, apresentou, durante audiência pública, realizada na noite da última terça-feira, 10, o projeto de construção da barragem seca no Parque Luís Latorre, localizada em um trecho do Ribeirão Jacaré entre as avenidas Guerino Grisoti e João Carlos de Abreu, mais precisamente entre o Shopping Móveis Itatiba e o parque. O objetivo é enfrentar e evitar catástrofes, como a que aconteceu em 2016, devido às enchentes.
Segundo a Administração, “o processo irá garantir a drenagem da água. Para isso, a barragem seca será construída no Parque Luís Latorre, por meio de um sistema de comportas. Na maior parte do tempo, a estrutura permanecerá seca. Quando houver excesso de chuva, com risco de alagamentos nas áreas mais baixas da cidade, essas comportas serão acionadas, de forma que o excedente é desviado e represado no parque, evitando o transbordamento do Ribeirão Jacaré”.
De acordo com o secretário de Obras e Serviços Públicos, Hermínio Geromel Jr., “é um projeto que estamos avaliando desde junho de 2017 e o prazo da obra é de oito meses. Desde o início do mandato, foi uma determinação do prefeito Douglas que a gente fizesse um estudo para minimizar ao máximo os problemas das enchentes da cidade. Até mesmo a lei pela qual o parque foi criado prevê que ele funcione também como ‘esponja’. Vale lembrar que é uma obra com impacto pequeno, diferente dos piscinões que, em São Paulo, por exemplo, não resolvem o problema”.
Questionamentos
Membros da Associação dos Proprietários em Reserva do Santa Rosa enviaram uma nota sobre o tema ao JI. A mesma foi publicada na edição da última terça-feira, 10, e traz os seguintes questionamentos: “por que não construir uma barragem antes do perímetro urbano?; por que não realizar a manutenção ou ampliação das barragens já existentes?; por que não trabalhar no alargamento e desassoreamento do Ribeirão Jacaré?; quais os impactos socioambientais serão causados pela barragem?”.
Em resposta, o secretário de Obras e Serviços Públicos disse que, “a barragem seca será implantada em um ponto estratégico, e a escolha do local em que visamos esta implantação se deve a várias questões de localização técnica (...) de nada adiantaria fazer mais para cima a montante, porque não abrangeria os três grandes córregos que contribuem para o Ribeirão Jacaré, que são os que vêm de Louveira, Jundiaí e da Fazenda Chapéu do Sol”.
Sobre as questões ambientais, Geromel afirmou que, “nós fizemos uma análise prévia, e os impactos seriam praticamente nulos, porque ela (a barragem) não irá causar nenhum transtorno para ninguém e nenhuma desapropriação. Caso um dia utilizemos o fechamento desta, não ocorrerá nenhum alagamento em área particular, somente área pública, que é o parque”.
R$ 8 mi em infraestrutura
O prefeito Douglas Augusto afirmou, durante a audiência, que serão investidos R$ 8,3 milhões na revitalização, paisagismo, infraestrutura e obras de gabiões, que vão da região do Itatiba Mall até à Universidade São Francisco e devem incluir, ainda, o trecho que liga a Av. Expedicionários à Marechal Deodoro – o local foi praticamente destruído pelas enchentes e se encontra em estado precário.
Ainda, segundo o prefeito, “também foram instaladas sondas que alertam para o nível do ribeirão. Esses equipamentos emitem sinal sonoro em caso de riscos de extravasamento, o que garante maior agilidade de tomada de decisões e evacuação em casos de enchentes”.