Datena aparece empatado tecnicamente com Nunes e Boulos na disputa em SP, diz pesquisa Quaest
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Por Estadão Conteúdo
De acordo com a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 27, o apresentador de televisão José Luiz Datena (PSDB) está empatado tecnicamente com o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Essa é a primeira vez que Datena, que tem 17% das intenções de voto, aparece dividindo a liderança com os dois candidatos que têm ponteado todos os levantamentos até aqui.
Considerando a margem de erro da pesquisa, que é de três pontos porcentuais para mais ou para menos, Datena está empatado com Nunes, que tem 22%, e com Boulos, que tem 21%, na pesquisa estimulada - quando o pesquisador apresenta os nomes para o participante. A Quaest realizou entrevistas presenciais com 1.002 eleitores paulistanos entre os dias 22 e 25 de junho e o índice de confiabilidade é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-08653/2024.
Atrás de Nunes, Boulos e Datena, o coach Pablo Marçal (PRTB) aparece com 10% e a deputada Tabata Amaral (PSB) tem 6%. Também pontuam a economista Marina Helena (Novo) com 4% e o deputado federal Kim Kataguiri (União) com 3%. Os pré-candidatos João Pimenta (PCO) e Ricardo Senese (UP) possuem 1% cada.
Por mais que Datena tenha 17% das intenções de voto no levantamento estimulado, o apresentador não pontuou na pesquisa espontânea - quando o eleitor fala o nome da sua preferência sem ter contato com a lista de pré-candidatos.
Neste formato, quem lidera é Guilherme Boulos, com 10%. Ele está empatado tecnicamente com Nunes, que tem 6%. Pablo Marçal foi lembrado por 3% enquanto Tabata e Kataguiri pontuaram 1% cada. O número de indecisos foi de 72%.
Outros cenários
A Quaest também fez pesquisas de voto estimuladas com outros quatro cenários. Em um no qual Pablo Marçal não é candidato, Nunes tem 25%, Boulos tem 23% e Datena possui 19%. Em outro no qual Kim Kataguiri não participa, o prefeito tem 24%, o deputado tem 23%, o apresentador tem 16% e o coach aparece com 11%.
Em um terceiro cenário que simula Datena e Pablo Marçal desistindo das candidaturas, Nunes abre uma vantagem maior sobre Boulos, mas ainda com empate técnico. O prefeito aparece com 28%, o deputado do PSOL tem 24% e Tabata Amaral pontua 13%.
No quarto cenário, não há as candidaturas de Datena, Marçal e Tabata. Nele, Nunes aparece com 30%, enquanto Boulos tem 25%. A economista Maria Helena chega aos dois dígitos, com 10%.
Segundo turno
O atual prefeito tem vantagem sobre Boulos em um possível segundo turno. Segundo a Quaest, Nunes larga com 46% das intenções de voto, enquanto o deputado possui 34%. Outros 5% estão indecisos e 15% declararam que votariam branco, nulo ou não iriam para as zonas de votação.
Em um cenário onde Nunes enfrenta Marçal, o atual prefeito possui 48% das intenções de voto, contra 22% do coach. É contra Datena que Nunes possui uma vantagem menor. Neste cenário, o prefeito tem 43% das preferências, enquanto o apresentador de televisão possui 34% das intenções de voto.
Datena tem vantagem em uma disputa direta contra Boulos. Nesta hipótese, o pré-candidato do PSDB possui 43% das intenções, enquanto o deputado é preferido por 35% dos eleitores paulistanos.
Já em um cenário no qual Boulos enfrenta Marçal, o deputado do PSOL possui 41% das intenções, enquanto o coach tem 30%.
Rejeição
Datena é o mais rejeitado entre os eleitores de São Paulo. Segundo o levantamento da Quaest, 51% dos paulistanos afirmaram que o conhecem e não votariam nele, enquanto 39% responderam que votariam.
Boulos, por sua vez, é rejeitado por 41% dos eleitores. Outros 35% responderam aos pesquisadores que podem votar no deputado do PSOL.
O atual prefeito é rejeitado por 38% dos paulistanos, enquanto 39% disseram poder escolher Nunes nas urnas.
Grupos de eleitores
Entre os grupos de eleitores da maior cidade do País, Ricardo Nunes se sai melhor entre os que possuem mais de 60 anos (31% das intenções de voto) e os católicos (27%). Já Guilherme Boulos tem uma larga preferência entre os que possuem ensino superior (29%) e que são de religiões diversas do catolicismo e do protestantismo (33%).
José Luiz Datena se sai melhor entre os que ganham até dois salários mínimos por mês (26%). O coach Pablo Marçal é preferido por 14% dos paulistanos que ganham mais de sete mil reais.
Lula e Bolsonaro
A metade dos paulistanos quer que o próximo prefeito da capital paulista seja independente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para 29%, é necessário que o mandatário seja aliado do petista, enquanto outros 19% enxergam com bons olhos uma proximidade com o ex-chefe do Executivo.
O candidato de Lula na disputa pela Prefeitura é Guilherme Boulos e 37% dos que votaram no petista disseram que pretendem escolher o deputado no primeiro turno das eleições. Outros 18% preferem Datena e 15% escolheram Ricardo Nunes na pesquisa estimulada.
Nunes é o candidato de Bolsonaro, que impôs ao prefeito o nome do coronel Ricardo Mello Araújo como companheiro de chapa para assim subir ao palanque do emedebista durante a campanha. Entre os eleitores que escolheram o ex-presidente em 2022, 34% devem votar no atual chefe do Executivo paulistano. Outros 20% preferem Marçal e 17% pretendem escolher Datena nas eleições de outubro.