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Foto: Arquivo JI / 2 setembro de 2017

Da Redação

Com a chegada do meio do ano, tempo seco e ventos propícios, mesmo com o isolamento social, crianças e adolescentes, até mesmo adultos, aproveitam esta época para ir às ruas empinar pipas. Popular entre todas as cidades e culturas, a inocente brincadeira infantil pode causar alguns acidentes que ocorrem nas proximidades das cidades de energia elétrica.

Por conta disso, a CPFL Paulista, por meio da campanha “Guardião da Vida”, alerta para acidentes e ocorrências de falta de energia provocados pelas pipas. Um levantamento realizado pela companhia identificou o triplo de interrupções no fornecimento, causadas entre abril e maio deste ano. Foram registrados 832 em toda a sua área de atuação nos dois meses do ano, contra apenas 283 no mesmo período do ano passado.

RMC e Itatiba

A Região Metropolitana de Campinas (RMC) seguiu a mesma tendência, registrando 298 interrupções por pipa em abril e maio de 2020; e 102 ocorrências no mesmo período do ano passado. A cidade com mais casos em 2020 é Campinas, seguida por Piracicaba, Sumaré, Hortolândia e Capivari.

Em Itatiba, ocorreram seis ocorrências neste ano, contra nenhuma no mesmo período de 2019.

Segurança

As pipas podem provocar acidentes graves e até fatais e corte no fornecimento de energia. Muitas pipas ficam enroscadas nos fios e causam interrupções, e isso ocorre porque a linha e a estrutura enrolada nos cabos elétricos se tornam condutoras de energia.

Os desligamentos e os acidentes causados pelas pipas podem ser evitados com alguns cuidados simples: é importante escolher um local longe da fiação elétrica, como campos abertos e parques, fugindo do entorno de rodovias ou das avenidas de intenso movimento, onde também podem acontecer os atropelamentos.

Não tente resgatar uma pipa enroscada na rede elétrica, pois, além de provocar desligamentos no fornecimento de energia, pode causar acidentes, com vítimas fatais.

Se acontecer de o brinquedo ficar preso em um fio, a melhor atitude é dá-lo como perdido.

Além disso, vale destacar que, no estado de São Paulo, é crime de acordo com a lei estadual nº 12.192, de 2006, usar o cerol ou a chamada “linha chilena”. Por conduzirem eletricidade, em contato com a rede elétrica, aumentam o risco de choques. Por conta do seu poder cortante, essas linhas podem romper os cabos da rede e provocar curtos-circuitos, além de colocar em risco a vida de ciclistas e motociclistas.

 Casos na RMC

Campinas – 55 casos em 2019 e 86 em 2020;

Piracicaba – 13 casos em 2019 e 41 em 2020;

Sumaré – 7 casos em 2019 e 34 em 2020;

Hortolândia – 5 casos em 2019 e 33 em 2020;

Santa Bárbara d’ Oeste – 2 casos em 2019 e 14 em 2020;

Monte Mor – 3 casos em 2019 e 10 em 2020;

Americana – 4 casos em 2019 e 8 em 2020;

Itapira - 1 caso em 2019 e 8 em 2020;

Itatiba - nenhum caso em 2019 e 6 em 2020;

Cosmópolis - nenhum caso em 2019 e 5 em 2020;

Amparo - nenhum caso em 2019 e 4 em 2020;

Paulínia - 2 casos em 2019 e 4 em 2020;

Elias Fausto - nenhum caso em 2019 e 3 em 2020;

Nova Odessa – 2 casos em 2019 e 8 em 2020;

Valinhos – 2 casos em 2019 e 3 em 2020;

Serra Negra - nenhum caso em 2019 e 1 em 2020;

Morungaba - 1 caso em 2019 e nenhum em 2020.