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Por Redação

Companhia de Teatro Heliópolis chega a Itatiba com circulação do premiado Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalos

Por Redação

Foto: Divulgação

O espetáculo Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalos, premiada montagem da Companhia de Teatro Heliópolis, com encenação de Miguel Rocha e texto de Dione Carlos, segue em circulação por cidades paulistas, com ingressos gratuitos e intérprete de Libras. No dia 19 de junho, quarta, às 19h, a cidade de Itatiba recebe o espetáculo, no Teatro Ralino Zambotto.

Os integrantes da Companhia também ministram uma Oficina de Teatro gratuita para os interessados (maiores de 16 anos), no mesmo dia, das 14h às 16h, na Biblioteca Chico Leme. As inscrições devem ser feitas presencialmente, na Secretaria de Cultura e Turismo de Itatiba, à Av. Antônio Ferraz Costa, S/N.

Em 2022, Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalos ganhou o Prêmio APCA (Dramaturgia; indicado também em Direção), Prêmio SHELL de Teatro (Dramaturgia e Música; indicado ainda em Direção), VI Prêmio Leda Maria Martins (Ancestralidade) e foi relacionado entre os Melhores Espetáculos do Ano pela Folha de S.Paulo.

A montagem aborda a forte presença feminina no contexto do cárcere. O enredo parte da história das irmãs Maria dos Prazeres e Maria das Dores, cujas vidas são marcadas pelo encarceramento dos homens da família: primeiro, o pai; depois, o companheiro de uma; agora, o filho da outra. Dentro do presídio, o jovem Gabriel - que sonha em ser desenhista - aprende estratégias de sobrevivência para lidar com as disputas internas de poder e a falta de perspectivas inerente ao sistema carcerário. Naquele microcosmo a violência dita as regras e não poupa os considerados fracos ou rebeldes. Fora dali, em suas comunidades, as mulheres - mães, filhas, afilhadas - buscam alternativas para tentar romper os ciclos de opressão que as aprisionam em existências sem futuro.

O espetáculo mostra que os saberes ancestrais resistiram à barbárie e atravessaram os séculos nos corpos, nas vozes e nas crenças das/dos africanas/nos que, escravizados/as, fizeram a travessia do Atlântico. Iansã, Rainha Oyá, a deusa guerreira dos ventos, das tempestades e do fogo não abandonou o seu povo. Ela permanece iluminando caminhos e inspirando fabulações para que seus filhos e filhas experimentem, por fim, a liberdade.

A história das irmãs é um disparador no enredo de CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos para expor o quanto é difícil se desvincular da complexa estrutura do encarceramento. Enquanto a mãe enfrenta o sistema jurídico na tentativa de libertar o filho preso injustamente, lutando pela subsistência da família e do filho, sua irmã é refém do ex-companheiro a quem deve garantir suporte no presídio, sem direito a uma nova vida conjugal. Presas a um histórico circular, elas lutam para quebrar o ciclo em um percurso espinhoso.

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