Como o benchmarking pode transformar a competitividade empresarial
A estratégia de benchmarking oferece diversos benefícios que contribuem para o fortalecimento da trajetória das empresas no mundo dos negócios
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No mundo contemporâneo, pautado pela lógica do mercado atrelada às relações em escala global, nacional e regional, compreender o que torna as empresas bem-sucedidas pode ser um grande diferencial no que diz respeito a crescimento e conquista de espaço em um cenário altamente competitivo em suas distintas esferas.
Nesse sentido, o benchmarking, prática que consiste, resumidamente, em observar e aprender com as melhores estratégias de outras organizações, mostra-se como uma excelente ferramenta no que diz respeito ao fortalecimento dos processos internos de uma empresa.
O que é benchmarking e como ele funciona?
Em síntese, o benchmarking trata-se de um processo estruturado de comparação, no qual uma determinada empresa analisa práticas, produtos, serviços ou metodologias de organizações que se destacam no mercado em suas várias escalas.
A ideia central, portanto, não é fazer uma cópia, mas, sim, adaptar esses modelos às realidades e aos objetivos específicos do negócio em questão. Desse modo, essa abordagem permite identificar lacunas de desempenho, promovendo inovações e melhorias em relação à eficiência operacional.
É importante ressaltar que, atualmente, grandes empresas utilizam o benchmarking como alavanca para o sucesso. O benchmarking pode ser implantado em oito etapas bem definidas. Primeiramente, realiza-se uma análise interna, que envolve uma avaliação detalhada de processos e práticas da empresa para identificar pontos de melhoria.
Em seguida, é preciso identificar as empresas de excelência no mercado, conhecendo os principais players que podem servir de referência. A terceira etapa, por sua vez, consiste em definir métodos e estratégias para capturar informações sobre essas empresas, o que pode incluir a formação de parcerias e convênios.
Posteriormente, realiza-se uma análise de mercado, observando as melhores práticas utilizadas pela concorrência em áreas que precisam de aprimoramento. A quinta etapa diz respeito à identificação de lacunas de desempenho, quando se compara a performance da organização com as melhores referências. Após isso, projeta-se o nível de desempenho desejado para fechar essas lacunas, estabelecendo metas e prazos claros.
Na sequência, implementam-se ações específicas para adaptar as práticas internas e alcançar os objetivos propostos. A última etapa refere-se a retroação, que consiste na reavaliação contínua dos resultados, sempre comparando a empresa aos melhores do mercado naquele momento.
O benchmarking e a gestão estratégica
Em tese, para que a aplicação das percepções obtidas através do benchmarking seja eficiente, é elementar que a empresa conte com uma gestão estratégica sólida. Esse movimento permite que se analise os dados coletados de forma crítica e integrada aos objetivos de longo prazo da organização. Esse processo evita adaptações superficiais, promovendo, também, mudanças estruturais.
Além disso, uma gestão bem estruturada permite estabelecer uma visão de futuro, orientando a alocação de recursos e priorizando as ações que terão maior impacto nos resultados. Sem essa base, as ideias obtidas por meio do benchmarking podem ser mal-implementadas, resultando em desperdício de tempo e recursos.
No fim, as empresas que adotam essa abordagem não somente destacam-se no mercado, mas também tornam-se as mudanças do mercado, construindo uma base sólida para inovar e crescer de forma contínua. Em um cenário de constantes transformações, aprender com a concorrência e aplicar essas lições estrategicamente podem ser a chave para o sucesso.