Como avaliar corretamente o valor de um carro usado
Saiba como calcular o preço justo de um seminovo, levando em consideração fatores além da tabela FIPE, como quilometragem, conservação e manutenção
Foto: iStock/ Nuttawan Jayawan
Comprar um carro usado pode ser um desafio, principalmente na hora de calcular quanto o veículo vale. Diferentemente dos veículos 0km, um seminovo apresenta condições de uso que variam conforme a utilização pelos donos anteriores, dificultando ainda mais estipular o valor exato e justo durante a negociação.
Apesar de ser possível seguir algumas diretrizes e tabelas que garantem uma negociação mais certeira, é preciso ainda considerar muitos quesitos que influenciam no valor final do carro usado, evitando pagar mais do que aquele veículo realmente vale.
Considere a tabela FIPE
A tabela FIPE é uma planilha que contém os valores médios dos veículos baseados no mercado brasileiro. Embora ela seja uma referência para as negociações, não deve ser utilizada como único parâmetro na hora de precificar um veículo, já que alguns pontos tornam os preços estipulados mais limitados.
Por ser um preço tabelado de acordo com a média de venda, modelo e ano dos veículos, as particularidades de cada automóvel não são levadas em consideração na hora de estipular o valor. Questões como quilometragem, demanda e sazonalidade, como oferta e demanda, não são examinadas nos cálculos.
Justamente por excluir pontos tão importantes, ela não deve ser a única a ser considerada na hora de verificar o preço dos veículos. Ela deve ser usada como base, para que o comprador tenha uma ideia do valor que será investido no seminovo, mas sempre considerando as oscilações e particularidades de cada veículo.
Como fazer a avaliação correta?
Visto que a tabela FIPE serve como um parâmetro para fazer o cálculo de quanto cada modelo de carro vale, alguns outros fatores precisam ser considerados antes de estipular se o preço de compra é justo.
Conservação
Sabe-se que, ao comprar um carro usado, dificilmente a condição de conservação será como a de um veículo novo. Apesar disso, alguns fatores devem ser analisados antes de concluir a negociação, já que podem acarretar manutenções no futuro.
Questões como odor de cigarro, bancos desgastados ou defeitos na parte elétrica são problemas que diminuem o valor do veículo. Na parte externa, arranhões superficiais ou pintura levemente desgastada não costumam apresentar diminuição significativa no preço.
Quilometragem
Ao optar por um seminovo, a quilometragem deve ser o ponto de maior atenção, já que, quanto maior, mais elevada é a chance de problemas mecânicos por desgaste aparecerem.
Embora carros que chegam a 100 mil km rodados tendem a diminuir o valor de mercado, carros com quilometragens baixas, mas com falta de manutenção, também devem ser analisados.
Manutenção
Quando o vendedor cuida bem do carro, o preço é mais elevado, mesmo que a quilometragem seja mais alta. Para garantir que a manutenção esteja em dia, vale a pena exigir as notas fiscais ou os comprovantes do que foi substituído no veículo.
Disponibilidade de peças
Alguns carros, apesar de apresentarem preços mais baixos pela sua categoria, precisam de atenção, devido a dificuldade em encontrar peças para reposição. Veículos de luxo, importados, de alto desempenho ou os mais antigos podem enfrentar essa questão.
Oscilação do mercado
Assim como outros setores do mercado, o de veículos também sofre com sazonalidades e situações econômicas que impactam os preços. A principal questão diz respeito à oferta e à demanda.
No início do ano, quando há necessidade de fazer o pagamento de impostos, a busca por todos os tipos de veículos tende a diminuir, fazendo com que os valores de carros seminovos fiquem mais acessíveis.
Enquanto em épocas que antecedem as férias, a procura por carros familiares, como SUVs, tende a ser mais elevada, aumentando assim os valores dessa categoria.
