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Combate à pesca ilegal, proteção de áreas e 10 mil animais resgatados: o 2024 da PM Ambiental

Modalidade de policiamento comemorou 75 anos de trabalho nesta quinta-feira

Por Redação

Foto: SSP-SP

Por Wellington Nascimento

A sede do Comando de Policiamento Ambiental foi palco nesta quinta-feira (12) da comemoração dos 75 anos da Polícia Militar Ambiental. Esse tipo de policiamento é a estrutura mais antiga de fiscalização da PM e ao longo de décadas tem como missão preservar o meio ambiente do estado de São Paulo.

A Polícia Ambiental possui cinco batalhões que atuam em todo o território paulista com patrulhamento em solo e marítimo. Entre janeiro e novembro deste ano, houve aumento nas ações em unidades de conservação, em fiscalizações de pesca ilegal, armas apreendidas, além da unidade atender 48 mil denúncias e aplicar R$ 166 milhões em multas.

No mesmo período do ano passado, foram 1,9 mil ações nas áreas de proteção ambiental. Este ano foram 4,7 mil intervenções, o que representa um aumento de 148%. Já o número de armas de fogo ilegais apreendidas cresceu 15%, de 308 para 353.

As ações contra a pesca ilegal tiveram alta de 83% no comparativo. O número passou de 7,1 mil para 13 mil em um ano. Em novembro, a PM Ambiental intensificou as ações para proteger a fauna aquática durante a piracema, período em que os peixes migram para as nascentes dos rios para desovar e reproduzir. Até o final de fevereiro, várias modalidades de pesca são proibidas.

Além disso, houve o resgate de mais de 10 mil animais silvestres, a fiscalização de 570 comércios e transporte de madeira ilegal e em 2,2 mil criadores de passeriformes, a apreensão de 4,1 mil palmitos in natura, 124 caminhões ou máquinas agrícolas e 34 balões, e 12,7 mil autos de infração elaborados.

Copom Ambiental

Este ano, a Polícia Militar também criou uma central de gerenciamento de ocorrências ambientais. O serviço funciona em uma cabine exclusiva no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) de São Paulo, que atende chamados da capital paulista e região metropolitana 24 horas por dia.

Em cerca de dois meses, o Copom Ambiental atendeu 1,7 mil chamados entre resgate de animais, tráfico e comércio de animais silvestres, maus-tratos a animais domésticos, corte de árvores, desmatamento e orientações de incêndio.

Os policiais ambientais também participaram em maio da ajuda humanitária das forças de segurança paulista ao Rio Grande do Sul. Foram 46 agentes, 12 viaturas, nove embarcações e dois caminhões de logística que auxiliaram nas buscas e salvamentos das vítimas dos temporais no estado.

Carta de serviços

Todos esses números e ações foram exaltados pelas autoridades presentes no evento realizado na zona norte da capital paulista hoje. Entre elas estava o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, que reforçou à tropa o trabalho realizado contra o crime organizado.

“Estamos fazendo em São Paulo o que nenhuma outra gestão fez, que é combater o crime organizado de frente. Vamos continuar realizando o trabalho de inteligência, com asfixia financeira que causa prejuízos bilionários ao crime organizado e retirando das ruas as principais lideranças de facções criminosas”, disse Derrite.

O secretário recebeu do comandante-geral da PM, coronel Cássio Araújo de Freitas, a medalha do cinquentenário do policiamento florestal e de mananciais. Cerca de 40 personalidades civis e militares que contribuíram de algum modo com o policiamento ambiental foram agraciadas.

Também durante o evento foi assinada uma carta de serviços da PM Ambiental que reitera o compromisso à população paulista sobre informações e serviços disponíveis da unidade. O Comando de Policiamento Ambiental é liderado atualmente pelo coronel Leandro Carlos Navarro.

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