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Por Redação

Com investimento de R$ 11 milhões, maior laboratório de balística da América Latina é inaugurado

Local conta com salas blindadas, túnel balístico, armazém e equipamentos com tecnologias de ponta que permitem resultados precisos

Por Redação

Foto: SSP-SP

Por Isabelle Amaral

O maior laboratório de balística da América Latina foi inaugurado nesta segunda-feira (9) no prédio da Superintendência da Polícia Técnico-Científica, no Butantã, zona oeste de São Paulo. O local, que possui uma estrutura sofisticada, com salas blindadas, túnel de tiro, oficina para desmonte de armas, compartimento onde há a análise da comparação balística, almoxarifado para o armazenamento de armas e munições apreendidas, além de outras divisões, teve um investimento estadual de quase R$ 11 milhões.

O trabalho especializado tem como principal objetivo a análise das armas de fogo, munições e dos efeitos causados pelos tiros. Os peritos conseguem entender a dinâmica e o motivo dos fatos que envolvem esses tipos de armamento, sejam eles criminais ou não, uma vez que também exercem a função de analisar possíveis falhas de funcionamento, testes em materiais de proteção, como os coletes à prova de balas, por exemplo, entre outras missões. “A estrutura de primeiro mundo que temos hoje nos permite dar resultados de maneira segura e confiável à população paulista e à Justiça”, afirmou o perito Ricardo Hirata.

Conforme o perito, muitas das armas apreendidas para a perícia chegam enferrujadas, malconservadas e, às vezes, travadas, o que pode ocasionar posteriormente um disparo acidental, por isso a obra no laboratório foi pensada e estruturada para garantir a proteção de toda a equipe. Ele ainda explicou também que se a perícia não emite nenhum laudo descritivo sobre armas de fogo ou utensílios similares, é como se aquela peça não existisse dentro do processo jurídico, tornando impossível algum tipo de condenação.

Entre os equipamentos mais usados no Núcleo de Balística está o tanque de água para coleta de projéteis menores, no qual os profissionais realizam o disparo de uma munição encontrada no corpo de um cadáver, por exemplo, para saber de qual tipo de arma pertence aquele item. Hirata ressaltou que, se diversas armas forem apreendidas na cena de um determinado crime, é possível descobrir com precisão de qual delas veio o disparo por meio desse exame, mesmo que sejam parecidas.

“Cada cano de uma arma possui características diferentes, então mesmo que sejam do mesmo tipo, a gente consegue descobrir exatamente de qual veio o disparo devido a certas impressões na munição que só poderiam ter sido deixadas por aquela arma específica que possui certa particularidade”, observou.

Já o tanque cego que, ao invés de água, possui um material similar a um algodão, tem a mesma função, mas é usado para comparações balísticas de armas maiores, como fuzis.

Esse processo de comparação, após efetuar os disparos nos equipamentos, é realizado por meio de dois microscópios que comparam imagens em dois lados, o que permite identificar as características das armas e dos projéteis.

O laboratório de balística também adquiriu recentemente quatro Sistemas Automatizados de Identificação Balística (Ibis, na sigla em inglês), que facilitam ainda mais essa comparação ao gerar um objeto 3D, permitindo que o processo de confronto entre as peças seja ainda mais preciso.

O equipamento também permite o cadastramento de projéteis e estojos no Banco Nacional de Perfil Balístico. Para a aquisição dos quatro sistemas, o governo de São Paulo investiu R$ 3,5 milhões em cada, totalizando o valor de R$ 14 milhões.

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